Wall Street, bolsa de NY, fecha sem direção definida nesta segunda-feira (12)

As bolsas de Nova York encerraram o pregão desta segunda-feira (12) sem uma direção clara, com os investidores mantendo cautela à espera dos próximos dados de inflação nos Estados Unidos. O índice Dow Jones recuou 0,36%, fechando em 39.357,01 pontos. Já o S&P 500 terminou o dia praticamente estável, com uma leve alta de 0,01%, aos 5.344,39 pontos, enquanto o Nasdaq subiu 0,21%, encerrando em 16.780,61 pontos.

Durante o período em que a bolsa esteve aberta, os principais índices oscilaram entre leves ganhos e perdas, refletindo a volatilidade que também esteve presente em outros mercados globais, como os de renda fixa e commodities.

Esse comportamento reflete a postura dos investidores, que optaram por posições mais defensivas em meio à expectativa pelos próximos dados econômicos, que podem influenciar as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Expectativa por dados de inflação

Os mercados aguardam ansiosamente os dados de inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que serão divulgados ainda nesta semana. Esses indicadores são cruciais para que o mercado financeiro possa avaliar a intensidade e o timing do esperado corte nas taxas de juros pelo Fed.

Com a inflação ainda sendo uma das principais preocupações econômicas, qualquer sinal de aceleração pode afetar as expectativas e levar a ajustes nas apostas sobre a trajetória futura dos juros.

A volatilidade observada na bolsa de hoje não se limitou apenas às bolsas norte-americanas. As praças europeias também registraram um comportamento misto, com os investidores igualmente atentos aos dados de inflação dos EUA. Os mercados de renda fixa e commodities também refletiram essa incerteza, com movimentos variados ao longo do dia.

Leia também: Haddad revela ajustes finais e resistência no Senado sobre reforma tributária nesta segunda-feira (12)

Entenda o desempenho dos setores envolvidos nas bolsas e ações em destaque

Entre os setores que compõem o mercado acionário, o de tecnologia se destacou. A Nvidia, gigante de chips gráficos e inteligência artificial, registrou um ganho de 4,08%, impulsionada por expectativas positivas em torno de seus próximos resultados financeiros e pela contínua demanda por suas tecnologias no mercado global.

Outro destaque foi o Scotiabank, cujas ações subiram 18% após a instituição financeira canadense adquirir uma participação de 14,9% na KeyCorp, um dos maiores bancos regionais dos EUA. A movimentação foi bem recebida pelo mercado, refletindo a confiança na expansão estratégica do Scotiabank em território norte-americano.

Por outro lado, a Johnson & Johnson enfrentou uma queda significativa em suas ações. A empresa anunciou um acordo de US$ 6,47 bilhões para encerrar disputas judiciais relacionadas ao uso de talco em seus produtos, que foram associados a casos de câncer. O montante elevado do acordo pesou sobre as ações da companhia, que fecharam em queda.

Ainda no campo das perdas, a empresa controladora da Truth Social, plataforma de mídia social criada pelo ex-presidente Donald Trump, viu suas ações recuarem 6%, atingindo o menor nível em três meses. A queda ocorreu após Trump postar pela primeira vez em quase um ano na X, plataforma rival, o que foi interpretado como um sinal de enfraquecimento da Truth Social.

Entenda o cenário global e expectativas futuras com relação aos resultados das bolsas de valores

O comportamento dos mercados hoje reflete um cenário de incertezas globais, com os investidores divididos entre os sinais de desaceleração econômica e as expectativas de alívio nas políticas monetárias restritivas. A semana promete ser movimentada, com os dados de inflação dos EUA servindo como termômetro para as próximas decisões do Fed.

Além disso, o mercado está atento a outros fatores que podem influenciar a direção dos índices, como as tensões geopolíticas, o desempenho das economias europeias e asiáticas, e as movimentações no mercado de commodities, especialmente petróleo e metais preciosos.

O resultado da reunião do Fed e os dados econômicos divulgados nos próximos dias serão fundamentais para definir o rumo dos mercados, que continuam a operar sob a sombra da incerteza, mas com uma visão otimista de que o pior da inflação já tenha ficado para trás.

Enquanto isso, a volatilidade deve permanecer como uma característica dominante nos pregões globais, até que haja uma clareza maior sobre a trajetória econômica dos principais países do mundo.

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