[anhembi_header_banner]

Crédito: Haddad viajará para Washington para discutir nota do Brasil

Ministro da Fazenda irá à capital dos Estados Unidos em 23 de outubro para reunião de ministros do G20 e deve discutir nota de crédito

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viajará para os Estados Unidos, na próxima terça-feira, 22 de outubro, para o encontro de ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais dos países que integram o G20. A reunião em si ocorre apenas dois dias depois, quinta-feira, 24 de outubro, quando os representantes de governo vão discutir sobre o futuro do grupo, que completa 25 anos em 2024.

Haddad - Crédito
A nota de crédito indica a capacidade de uma nação de honrar suas obrigações financeiras internacionais | Foto: Reprodução – Diogo Zacarias/MF

Durante a viagem, o ministério deve realizar um anúncio para a área de financiamento climático, o qual ainda não foi detalhado pela pasta. Um dia antes da reunião ministerial, Haddad fará o discurso de abertura no jantar oficial do G20, que terá como principal tema os bancos multilaterais.

Reuniões com o FMI

O chefe da equipe econômica também irá participar de duas reuniões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma será mais reservada, a qual os representantes do grupo internacional vão tratar sobre as contas públicas no mundo inteiro, principalmente entre os 20 países mais ricos do planeta.

Na última terça-feira, 15 de outubro, o FMI publicou um comunicado que ressaltava sobre a dívida, que ao somar todos os países do mundo deverá atingir o patamar de R$ 100 trilhões até o fim do ano. O fundo projeta que em 2030, caso seja mantido o ritmo atual, esse valor deve ser equivalente a 100% de todo o produto interno bruto (PIB) global.

Nota de crédito do Brasil

Na agenda do ministro, consta uma reunião com os representantes da agência de risco estadunidense Fitch Ratings. Haddad se encontrou com a mesma empresa quando viajou a Nova York para participar da Assembleia-Geral da ONU. Na ocasião, ele havia dito que o encontro foi positivo e que estava mais otimista com uma possível revisão da nota de crédito do país em um futuro próximo.

No entanto, a Fitch Ratings emitiu um comunicado dois dias depois do encontro, no qual avaliou que não deve elevar a nota do Brasil a curto prazo. A agência considerou o crescimento econômico acima do esperado, mas ponderou que ainda há dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas no país, o qual recentemente aprovou um novo marco fiscal.

Na contramão, a agência Moody’s se reuniu com Haddad em Nova York e decidiu, poucos dias após o encontro, elevar a nota de crédito brasileira de Ba2 para Ba1, a um passo do grau de investimento, patamar que o ministro da Fazenda já afirmou que o governo deseja alcançar até 2026.

Qual a importância de uma boa nota de crédito?

Uma boa nota de crédito é crucial para o comércio entre países, pois indica a capacidade de uma nação de honrar suas obrigações financeiras internacionais. No comércio global, as transações envolvem grandes volumes de dinheiro e longos prazos de pagamento, o que exige confiança mútua entre os países.

Quando um país possui uma boa nota de crédito, ele é visto como financeiramente estável, o que reduz o risco para os credores e parceiros comerciais.

Essa confiança permite que o país obtenha melhores condições em suas transações comerciais, como taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento mais favoráveis em contratos de importação e exportação. Além disso, facilita o acesso a financiamentos internacionais, seja para investimentos em infraestrutura, compra de tecnologia ou desenvolvimento de setores estratégicos.

Por outro lado, uma nota de crédito baixa aumenta os custos de financiamento, dificulta acordos comerciais e pode até afastar potenciais parceiros comerciais. Manter uma boa nota de crédito, portanto, é essencial para garantir a competitividade de um país no comércio global e fortalecer sua posição econômica no cenário internacional.

Atualize-se.
Receba Nossa Newsletter Semanal