Horário de verão pode ficar somente para 2025

Relatório de risco pode decretar volta do horário de verão, mas a tendência é que o retorno fique somente para o ano que vem

O Ministério de Minas e Energia utilizará um relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apresentado em reunião na última quarta-feira, 16 de outubro, para definir se o Brasil adotará o horário de verão em 2024. No final do mês passado, o ONS já havia demonstrado a necessidade, a partir de um ponto de vista energético. No entanto, esse panorama pode ter mudado com as chuvas recentes.

Horário de verão
Medida busca economizar consumo em horário de pico. | Foto: Reprodução/Canva

Em informações publicadas pelo G1, uma fonte ligada ao ministério afirma que a tendência é de que o horário de verão não volte este ano, a menos que os balanços indiquem a necessidade por conta de um risco energético elevado. Uma projeção feita nos bastidores do governo é que o horário de verão seja aderido em 2025.

Os motivos para a diminuição da pressão para a volta da medida foram as ações do governo para diminuir a vazão e as chuvas nas últimas semanas.

Segundo o levantamento anterior, feito pelo operador do sistema, o adiamento em 1h dos relógios deve ajudar a economizar R$ 400 milhões em 2024. No último dia 8 de outubro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o horário de verão deve voltar em 2024 apenas se for “imprescindível”.

Alckmin elogia estudo sobre horário de verão

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que a volta do horário de verão pode ser “uma boa alternativa” para reduzir o consumo de energia elétrica no país. 

“Eu acho que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou uma coisa importante. Não vai faltar energia. Mas nós precisamos, todos, ajudar. O horário de verão pode ser uma boa alternativa para economizar energia”, disse Alckmin, no dia 12 de setembro, em entrevista a jornalistas após a estreia do Nova Indústria Brasil – Missão 4: Indústria e Revolução Digital, um programa de investimento federal em tecnologia e inovação, no Palácio do Planalto.

Alckmin declarou que, apesar do período de seca no país, não haverá falta de energia para os brasileiros, mas que todos possam colaborar. “O horário de verão pode ser uma boa alternativa para uma campanha de economia de energia. Agora, o Brasil tem uma energia extremamente limpa, com o crescimento da eólica e da energia solar”, respondeu Alckmin, quando questionado sobre os possíveis benefícios para a indústria.

Como foi fechado o horário de verão

O horário de verão é uma prática adotada em países para aproveitar melhor a luz solar e economizar energia. Consiste em adiantar os relógios em uma hora durante os meses de maior luminosidade, geralmente na primavera e no verão, para reduzir o consumo de eletricidade no período noturno. Com isso, as atividades humanas se ajustam ao horário em que há mais luz natural, proporcionando a necessidade de iluminação artificial.

A ideia do horário de verão surgiu no final do século XVIII, proposta por Benjamin Franklin em 1784. Ele sugeriu, em um ensaio, que adiantar o horário durante o verão seria possível economizar velas, aproveitando mais a luz solar. No entanto, a ideia não foi aplicada de imediato. O conceito ganhou força durante a Primeira Guerra Mundial, quando alguns países, como Alemanha e Reino Unido, adotaram uma medida para economizar recursos energéticos em tempos de guerra.

A prática se popularizou ao longo do século XX e foi adotada por diversos países. No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931, voltando nos anos subsequentes. Apesar dos benefícios energéticos, o horário de verão gerou debates sobre seus impactos na saúde e na economia, descontinuado em alguns locais.

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