A agenda desta quarta-feira, 12 de fevereiro, será marcada por importantes divulgações econômicas no Brasil e nos Estados Unidos. No cenário nacional, os dados sobre o crescimento do setor de serviços e o fluxo cambial estrangeiro podem influenciar o mercado financeiro.
Na agenda dos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) será um dos destaques, podendo afetar as expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed).
Agenda econômica mostra crescimento do setor de serviços no Brasil
Às 9h (horário de Brasília), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados sobre o crescimento do setor de serviços. Esse indicador é essencial para avaliar a atividade econômica do país, pois o setor representa cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Os números são acompanhados de perto por economistas e investidores, pois refletem o desempenho de segmentos como transporte, turismo, tecnologia e comércio. Se o crescimento for acima do esperado, pode indicar uma recuperação econômica mais forte. Já uma retração pode reforçar preocupações sobre o ritmo da economia e impactar o mercado de ações e o câmbio.
Em meses anteriores, o setor de serviços vinha demonstrando resiliência, impulsionado pelo turismo e pelo setor de tecnologia. No entanto, fatores como inflação e juros elevados podem ter afetado o consumo e os investimentos, tornando esse dado especialmente relevante para entender a tendência atual.
Fluxo cambial estrangeiro
Às 14h30, o Banco Central divulgará o fluxo cambial estrangeiro, que mostra a entrada e saída de dólares no Brasil. Esse dado ajuda a entender o comportamento dos investidores estrangeiros no país e pode influenciar a cotação do dólar.
Se houver um saldo positivo, significa que mais dólares entraram no Brasil do que saíram, o que pode fortalecer o real e trazer alívio para a inflação. Por outro lado, um saldo negativo pode indicar desconfiança dos investidores, levando a uma valorização do dólar e possíveis impactos nos preços internos.
A variação do fluxo cambial é influenciada por fatores como cenário político, desempenho da economia brasileira e perspectivas para os juros nos EUA. Se os investidores internacionais enxergarem oportunidades no Brasil, o fluxo cambial pode ser positivo. Caso contrário, pode haver uma saída maior de recursos.
Agenda dos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o principal dado da agenda será a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), às 10h30 (horário de Brasília). Esse indicador mede a variação dos preços de bens e serviços para os consumidores americanos e é um dos principais termômetros da inflação.
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O resultado do IPC pode impactar as expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed) em relação aos juros. Se a inflação vier acima do esperado, o Fed pode manter uma postura mais rígida, prolongando juros elevados para conter o aumento dos preços. Isso tende a fortalecer o dólar e pressionar moedas emergentes, como o real.
Por outro lado, um índice de inflação mais baixo pode reforçar a expectativa de cortes nos juros ao longo do ano, o que poderia beneficiar mercados emergentes, como o Brasil. Os investidores ficarão atentos tanto ao resultado geral do IPC quanto ao chamado “núcleo da inflação”, que exclui itens mais voláteis, como energia e alimentos, para avaliar a tendência real dos preços nos EUA.
Impacto no mercado financeiro
Os três indicadores divulgados nesta quarta-feira podem influenciar o mercado financeiro. No Brasil, o crescimento do setor de serviços e o fluxo cambial estrangeiro podem afetar a Bolsa de Valores (B3) e a cotação do dólar. Nos EUA, o IPC pode mexer com os mercados globais, influenciando o apetite dos investidores por ativos de risco.
Investidores e analistas estarão de olho nesses números para ajustar suas estratégias e prever os próximos movimentos da economia. Quem acompanha o mercado deve ficar atento às reações dos índices de ações, do câmbio e dos juros futuros ao longo do dia.
Com esses dados em mãos, será possível entender melhor o cenário econômico e tomar decisões mais informadas sobre investimentos e finanças pessoais.