O programa Farmácia Popular, iniciativa do governo federal para facilitar o acesso a medicamentos essenciais, ampliou sua lista de produtos gratuitos. Agora, todos os 41 itens incluídos no programa podem ser adquiridos sem custo pelos beneficiários, incluindo remédios para doenças crônicas, insumos e fraldas geriátricas.
O que muda no programa?
Desde sua criação em 2004, o Farmácia Popular oferece medicamentos a preços reduzidos ou sem custo para determinados grupos. Com a nova medida, itens como a dapagliflozina, usada no tratamento de diabetes tipo 2, e as fraldas geriátricas, antes parcialmente subsidiadas, passam a ser integralmente gratuitos. Além disso, medicamentos para hipertensão, asma, colesterol alto, osteoporose e outras condições de saúde continuam sendo oferecidos sem custo aos pacientes cadastrados no programa.
Segundo o Ministério da Saúde, a expansão do programa beneficia milhões de brasileiros, especialmente idosos e pessoas com doenças crônicas. Atualmente, o Farmácia Popular está presente em mais de 86% dos municípios brasileiros, com uma rede de 31 mil farmácias credenciadas. A expectativa do governo é que, com essa ampliação, mais de um milhão de pessoas passem a ter acesso aos medicamentos gratuitamente todos os anos.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a iniciativa busca reforçar o compromisso com a saúde pública e ampliar o alcance do programa para regiões mais remotas do país. “Tivemos mais de 24 milhões de pessoas beneficiadas em 2024 e vamos aumentar ainda mais esse alcance, garantindo que os medicamentos cheguem a quem realmente precisa”, afirmou a ministra a CNN.
Leia também: Governo lança Desenrola Rural para renegociação de dívidas
Lista de medicamentos gratuitos
A lista de medicamentos e insumos oferecidos gratuitamente pelo Farmácia Popular é ampla e inclui tratamentos para diversas doenças. Confira os itens disponíveis sem custo:
- Asma: brometo de ipratrópio, dipropionato de beclometasona, sulfato de salbutamol;
- Diabetes: cloridrato de metformina, insulina humana, glibenclamida, dapagliflozina;
- Hipertensão: losartana, captopril, atenolol, hidroclorotiazida;
- Osteoporose: alendronato de sódio;
- Colesterol alto: sinvastatina;
- Doença de Parkinson: carbidopa + levodopa, cloridrato de benserazida;
- Glaucoma: maleato de timolol;
- Rinite: budesonida, dipropionato de beclometasona;
- Anticoncepção: etinilestradiol + levonorgestrel, noretisterona;
- Insumos: fraldas geriátricas e absorventes higiênicos.
A inclusão das fraldas geriátricas na gratuidade é um avanço importante, especialmente para idosos e pessoas com deficiência. Além disso, a distribuição gratuita de absorventes higiênicos faz parte do Programa Dignidade Menstrual, que busca garantir melhores condições de saúde e higiene para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Como obter os medicamentos gratuitos?
Para retirar os medicamentos do Farmácia Popular, o paciente deve comparecer a uma farmácia credenciada portando um documento de identidade, CPF e receita médica válida. Em alguns casos, um representante legal pode fazer a retirada para o paciente, desde que apresente a documentação necessária.
Além de facilitar o acesso a medicamentos essenciais, o programa também contribui para a economia das famílias brasileiras, reduzindo gastos com saúde e permitindo que os beneficiários utilizem seus recursos em outras necessidades básicas.
Especialistas destacam que a ampliação da gratuidade no Farmácia Popular pode ter um impacto positivo na adesão ao tratamento de doenças crônicas, já que o custo dos medicamentos muitas vezes é um fator que impede os pacientes de seguir corretamente as orientações médicas.
O governo federal reforça que continuará monitorando o programa para garantir que os medicamentos cheguem às farmácias credenciadas de maneira eficiente. A ampliação do Farmácia Popular é uma das estratégias da atual gestão para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir que a população tenha acesso a tratamentos de qualidade sem custos adicionais.
Com essa iniciativa, o Brasil dá mais um passo importante para assegurar o direito à saúde e melhorar a qualidade de vida da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis.