A alta elevou os preços para um nível que parecia impensável há apenas alguns meses, e tornou o cacau mais caro do que o metal industrial de referência, o cobre
Enquanto a semana é encurtada devido ao feriado de Páscoa, os investidores estão atentos aos importantes indicadores financeiros que serão divulgados, como a inflação ao consumidor nos EUA, que pode influenciar diretamente as decisões sobre cortes de juros no país.
Neste contexto, Nova York inicia a semana com um novo recorde nos preços do cacau, que ultrapassaram os US$ 9 mil por tonelada. O contrato mais negociado para maio está agora valendo US$ 9.174, representando um aumento de 2,63%.
Analistas acreditam que os preços elevados para a commodity continuarão, mas também observam que as expectativas de aumentos mais significativos podem ser exageradas. No entanto, dentro desse cenário, há dois fatores que podem mitigar a escalada nos preços do cacau.
Em meio a esses preços históricos, espera-se que a demanda mostre algum sinal de fraqueza, o que poderia abrir espaço para correções nos valores da amêndoa.
Café, açúcar e algodão
Os preços do café também estão em alta, embora com uma intensidade menor em comparação com o cacau. Os contratos do café arábica estão atualmente cotados a US$ 1,820 por libra-peso, representando um aumento de 0,41% em relação ao último fechamento.
De acordo com a agência Reuters, os preços do café robusta no Vietnã, o maior produtor mundial desta variedade, atingiram recordes no mercado interno, o que tem reduzido a oferta no exterior.
Nguyen Nam Hai, presidente da Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa), afirmou que “Nunca houve um ano em que os preços do café tenham estado acima de 95.000 VND/kg. Este é um sinal positivo e favorável para as pessoas, depois de muitos anos de preços baixos do café”.
No mercado do açúcar, os lotes com entrega para maio registraram um aumento de 0,5%, com o preço atingindo 21,92 centavos de dólar por libra-peso.
Por fim, os contratos do algodão com entrega para maio estão sendo cotados a 91,23 centavos de dólar por libra-peso, representando uma queda de 0,35%.