Em meio a promessas de equilíbrio fiscal pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o mercado financeiro reage com ceticismo, refletido na valorização do dólar que atingiu R$ 5,43
As declarações do ministro não foram suficientes para acalmar as preocupações com o compromisso fiscal do governo, levando a moeda americana a se aproximar do pico registrado no início do governo Lula.
A pressão sobre o real é evidente quando comparada com outras moedas emergentes, tendo apresentado o pior desempenho em um grupo de 23 países. Mesmo o peso mexicano, que enfrenta desconfiança após promessas de reformas constitucionais pela presidente-eleita Claudia Sheinbaum, teve um desempenho melhor em relação ao dólar no mesmo período.
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No mercado de juros futuros, observou-se um aumento de cerca de 10 pontos base nos vencimentos intermediários, indicando expectativas de manutenção da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária. O pessimismo dos investidores sugere até mesmo uma possível elevação da taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual até o final do ano.
O Ibovespa fechou em baixa, refletindo o clima de incerteza que permeia os investidores. Empresas como Rede D’Or e Braskem figuraram entre as maiores quedas do dia, enquanto instituições financeiras como Itaú e Santander estiveram entre as que mais se valorizaram.
A resposta do mercado às políticas governamentais será crucial para determinar os próximos passos na economia brasileira.