Já os consumidores inadimplentes se manteve estável, permanecendo em 28,6% em maio, mesmo índice de abril
Um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontou que o endividamento das famílias brasileiras aumentou de abril para maio. Em relação à inadimplência, o índice permaneceu estável. Este é o terceiro mês consecutivo de aumento.
A quantidade de famílias que possuem débitos a vencer cresceu 0,3% de um mês para o outro, passando de 78,5% em abril para 78,8% em maio, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Em comparação com o mesmo período do ano passado, o endividamento é maior, pois em 2023 o número era de 78,3%.
Para a CNC, são consideradas dívidas as contas nas modalidades de cartão de crédito, carnês de loja, empréstimo pessoal, crédito consignado, cheques e prestações de carro e casa.
Inadimplência das famílias
Já em relação à porcentagem de inadimplentes, o número se manteve estável em 28,3% em comparação com o mês de abril. No ano passado, a quantidade de famílias inadimplentes era maior, sendo 29,1% com contas em atraso.
A proporção de pessoas que afirmaram não ter condições de quitar os débitos, ou seja, que continuariam inadimplentes, diminuiu de 12,1% para 12%. Apesar da queda em maio, no ano passado, a parcela de consumidores nessa condição era menor, 11,8%.
Classe mais baixa é a mais afetada pelo endividamento
No levantamento, as famílias de renda mais baixa foram as mais afetadas pelo endividamento. Entre as que recebem até, no máximo, 3 salários mínimos, a proporção de dívidas cresceu de 80,4% em abril para 80,9% em maio.
Na classe média baixa, que é o grupo que recebe entre 3 e 5 salários mínimos, a porcentagem subiu de 79,7% em abril para 79,9% em maio. Entre os que recebem de 5 a 10 salários mínimos, houve o maior aumento, de 75,5% para 77,1%. Já para as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, houve uma diminuição, caindo de 71,7% para 71,4%.
A inadimplência também atingiu a população com renda menor, de até 3 salários mínimos, saltando de 35,8% para 39,9%. Para a classe média baixa, a inadimplência diminuiu de 26,4% para 26,1%. Entre o grupo que recebe de 5 a 10 salários mínimos, a quantidade aumentou de 22,2% para 22,4%. Para aqueles que recebem mais de 10 salários mínimos, a fatia diminuiu de 14,6% para 14,4%.