Selic: Probabilidade de fim dos cortes na reunião do COPOM sobe de 91,8% para 92,3%

A trajetória de queda da taxa básica de juros está comprometida pelo avanço da inflação de serviços, que acumula alta de 5,09% nos últimos 12 meses

O boletim Focus, elaborado pelo Departamento de Relacionamento com Investidores do Banco Central, apresenta toda segunda-feira o resultado de uma pesquisa com 120 instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. Entretanto, ele representa a mediana dessas estimativas, que é o número central em um conjunto de números ordenados.

Taxa Selic
Taxa Selic vinha numa sequencia consecutiva de cortes – Foto: Reprodução/Internet

No caso da Selic, a fórmula é a mesma. “O boletim Focus é o principal relatório do mercado para tentar prever o futuro da economia brasileira. Entretanto, sua metodologia é baseada na mediana, o que torna difícil saber qual a probabilidade real atribuída pelo mercado para aquela previsão”, afirma Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.

A Equus Capital semanalmente elabora o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), e por meio da coleta e tratamento de dados através de Inteligência Artificial (IA), é possível estimar a probabilidade indicada pelo mercado de alteração para a próxima reunião do Copom.

“Analisando os dados, vemos que a probabilidade de manutenção indicada pelo IEPS, neste momento, é de 92,3%. Na semana anterior, o índice apontava uma probabilidade de 91,8%. Vale lembrar que, no dia anterior à última reunião do Copom, este percentual estava em 28,0%”, afirma Uchida.

Probabilidade de cortes na Selic

Nesta semana, houve um aumento no número de contratos em aberto no mercado de opções do Copom, passando de 52.527 para 58.793. Além disso, houve um aumento na probabilidade de manutenção da taxa Selic, de 91,8% para 92,3%.

“Nesta semana, a probabilidade de manutenção da taxa Selic pelo IEPS aumentou de 91,8% para 92,3%. A trajetória de queda da taxa básica de juros está comprometida pelo avanço da inflação de serviços, que acumula alta de 5,09% nos últimos 12 meses. Esse movimento é um ponto de atenção para o possível fim do ciclo que reduziu a Selic em 3,25 pontos percentuais nos últimos meses”, explica Uchida.

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