Desemprego nos EUA volta a subir pelo 3° mês consecutivo

O desemprego cresce no mês de junho, mesmo com a alta nas contratações

O Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS, em inglês) divulgou nesta sexta-feira, 5 de julho, no período da manhã, que, seguindo a tendência dos últimos meses, a taxa de desemprego nos EUA em junho voltou a subir marginalmente, atingindo 4,1% (estava em 4,0% em maio e 3,9% em abril).

Desemprego
Desemprego nos EUA sobe pelo terceiro mes seguido – Foto: Reprodução/Banco de imagens

É a primeira vez que a taxa chega a esse patamar desde novembro de 2021. Em maio de 2023, a taxa estava em 3,6%. Mais uma vez, o número veio ligeiramente acima do consenso de mercado, que esperava manutenção.

Desemprego cresce apesar da alta nas contratações

Por outro lado, assim como no mês passado, os dados de contratações (payroll) superaram as expectativas ao registrar a criação de 206 mil novas vagas (o consenso estava em 189,5 mil vagas), ante 218 mil em maio — número que foi revisado para baixo após a divulgação inicial de 272 mil, uma das maiores revisões da agência desde janeiro.

Os dados de abril também sofreram revisão para 57 mil, ante a estimativa de 165 mil anteriormente.

Média salarial também sobe

O relatório do payroll destaca que os empregos continuam a crescer em diversos setores, puxados principalmente por serviços de saúde, setor público, assistência social e construção. Em média, os salários do setor privado subiram 0,3% no mês, o menor ritmo desde junho de 2021, contabilizando alta de 3,9%.

“O relatório de emprego de junho trouxe boas notícias para o mercado de ações, embora as incertezas com relação ao combate à inflação continuem. De um lado, os dados seguem robustos, oferecendo alívio para os temores de que uma deterioração mais importante da atividade econômica estaria em curso”, comenta Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

“De outro, marca uma desaceleração em relação ao dado revisado de maio, alimentando expectativas para um movimento de corte de juros pelo Federal Reserve ainda em 2024. No balanço, os mercados reagiram positivamente após a divulgação, com os futuros dos principais índices de ações no azul e juros dos treasuries em queda no retorno do feriado de 4 de julho, Dia da Independência nos EUA”, complementa.

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