Desemprego para de preocupar especialistas e pesquisa revela alto número de pessoas inseridas no mercado
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (28) os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), revelando uma significativa redução na taxa de desemprego no país.
De acordo com o levantamento, o índice de desocupação no trimestre encerrado em maio deste ano foi de 7,1%, marcando o menor patamar para este período desde 2014. Em comparação com o trimestre anterior, que registrou 7,8%, e com o mesmo período do ano passado, quando foi de 8,3%, a queda foi expressiva.
A população desocupada, que se refere às pessoas com 14 anos ou mais de idade que não estavam trabalhando e buscavam emprego, totalizou 7,8 milhões, representando uma redução de 751 mil pessoas em relação ao trimestre anterior e de 1,2 milhão em relação ao mesmo período de 2023.
Queda do desemprego resulta em crescimento no número de ocupados e recorde na massa salarial
O número de pessoas ocupadas alcançou um recorde histórico, chegando a 101,3 milhões no trimestre encerrado em maio. Esse contingente é 1,1 milhão superior ao registrado no trimestre anterior e 2,9 milhões a mais do que no mesmo período do ano passado.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, esse crescimento reflete a expansão tanto do emprego formal quanto do informal em diversas atividades econômicas.
Leia também: Promovendo a inclusão LGBTQIAPN+ no mercado de trabalho
O número de empregados com carteira assinada também alcançou um patamar recorde, atingindo 38,3 milhões, enquanto o contingente de empregados sem carteira chegou a 13,7 milhões, o maior já registrado.
Setores como administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais foram os principais responsáveis pela criação de novas vagas, com um aumento de 4,4%, equivalente a 776 mil pessoas.
Rendimento médio e informalidade
O rendimento médio dos trabalhadores no trimestre foi de R$ 3.181, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e apresentando um aumento de 5,6% na comparação anual. Este valor é o mais alto já registrado para um trimestre encerrado em maio.
A massa de rendimentos, que totaliza todas as rendas recebidas pelos trabalhadores, também atingiu um recorde de R$ 317,9 bilhões, impulsionando a economia nacional por meio do consumo e da poupança.
A taxa de informalidade, que engloba trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e trabalhadores por conta própria sem CNPJ, ficou em 38,6% da população ocupada, o que representa 39,1 milhões de pessoas. Esse índice apresentou uma leve redução em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado.
Em resumo, os dados da PNAD Contínua indicam uma melhora significativa no mercado de trabalho brasileiro, com recordes tanto no número de ocupados quanto na massa salarial, refletindo um cenário de recuperação econômica e maior estabilidade no emprego.