Dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) apontam que este é o melhor resultado desde 2020
No mês de junho, a produção industrial do país teve uma alta de 4,1%, quebrando uma sequência de dois meses negativos, onde acumulou uma perda de 1,8%. Esses dados foram divulgados pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), nesta sexta-feira, 02 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Com essa alta, o setor registrou o melhor resultado nos últimos 4 anos, desde julho de 2020, quando apresentou um crescimento de 9,1%. Os resultados de junho fizeram com que a indústria retomasse um patamar pré-pandemia, estando 2,8% acima de fevereiro de 2020. Porém, o país está 14,3% abaixo do recorde histórico alcançado em 2011.
Indústria tem resultado positivo em 16 das 25 atividades analisadas
No resultado apresentado em junho, é possível observar uma dominância de taxas positivas uma vez que as 4 grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram crescimento na produção.
Entre os destaques positivos mais importantes foram o coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis com 4,0%, produtos químicos com 6,5%, produtos alimentícios com 2,7% e as indústrias extrativas com 2,5%.
O setor petrolífero acumulou 6,2% em dois meses consecutivos de aumento na produção, já os produtos químicos eliminaram o recuo de 2,7% verificado no mês anterior; os produtos alimentícios interrompendo dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 4,2%; e a as indústrias extrativas marcando o segundo mês seguido de expansão, período em que acumulou avanço de 5,9%.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de metalurgia (5,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%), de bebidas (3,5%), de máquinas e equipamentos (2,4%), de produtos do fumo (19,8%) e de celulose, papel e produtos de papel (1,6%).
Impactos negativos
No entanto, outras 9 categorias apresentaram resultado negativo no transporte a redução foi de -5,5%, com o setor exercendo o principal impacto em junho de 2024 e interrompendo dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 4,8%.
Vale destacar também as influências negativas registradas por itens de couro, artigos para viagem e calçados com -4,1%, impressão e reprodução de gravações com -9,1% e confecção de artigos do vestuário e acessórios com -2,7%
Grandes setores da economia ficaram no azul
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (4,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,1%) assinalaram as taxas positivas mais elevadas em junho.
Com os bens duráveis recuperando parte do recuo do mês anterior, onde apresentou -5,6% e os semi e não duráveis registraram um crescimento após uma variação zerada em maio quando interrompeu três meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 2,1%.
Os setores produtores de bens intermediários (2,6%) e de bens de capital (0,5%) também apontaram crescimento na produção nesse mês.
Comparação com junho de 2023
No comparativo com o mesmo período de 2023, o resultado foi um avanço de 3,2% em junho deste ano. Os resultados positivos foram obtidos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 18 das 25 atividades, 44 dos 80 grupos e 52,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que junho de 2024 (20 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21).
Entre as atividades, os principais impactos positivos no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis com 4,3%, produtos farmoquímicos e farmacêuticos com 17,5%, produtos alimentícios com 2,4%, veículos automotores, reboques e carrocerias com 5,9% e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos com 18,4%.
Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de celulose, papel e produtos de papel (8,3%), de produtos químicos (4,1%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,1%), de bebidas (5,6%), de móveis (13,9%), de indústrias extrativas (0,9%), de outros equipamentos de transporte (9,8%) e de metalurgia (2,0%).