Cashback: por que as estratégias de fidelização devem ir além dele?

O cashback aumenta vendas e fideliza clientes, mas as empresas devem diversificar estratégias para manter o engajamento e evitar erros

O cashback, que em português significa “dinheiro de volta”, é uma estratégia que permite ao cliente recuperar parte do valor gasto em determinada loja online, geralmente como crédito para pedidos futuros. Sua principal função é incentivar a recompra e fortalecer a relação com o consumidor, oferecendo uma sensação de economia e motivando o retorno à plataforma para aproveitar seus créditos acumulados.

Cashback
O sistema de Cashback permite que as empresas fidelizem os clientes | Foto: Reprodução/Canva

Segundo uma pesquisa de 2023, promovida pela IZIO&Co, plataforma de programas de fidelidade e ativação para o varejo, o cashback foi responsável por um aumento de 83,5% nos gastos em compras. Analisando o comportamento de 1,4 milhão de consumidores em 20 varejistas diferentes, houve um crescimento de 17,6% no ticket médio.

Ao longo do tempo, o cashback contribui para a criação de um ciclo de recompra, demonstrando que cada transação é valorizada pela empresa, que proporciona um benefício tangível para o cultivo de novos pedidos.

No entanto, embora seja muito eficiente, é necessário que as companhias não se limitem a ele, mas invistam em estratégias de fidelização diversificadas para manter o engajamento do público.

Principais erros no uso de cashback

Um erro comum depende exclusivamente desse tipo de ação, o que pode fazer com que uma pessoa valorize apenas o benefício financeiro, em detrimento da experiência completa. 

Para evitar isso, o dinheiro de volta deve ser visto como parte de uma estratégia mais ampla, que destaca a qualidade dos produtos e o valor agregado da marca. Outro ponto fundamental é a clareza das condições de uso. Quando mal explicadas, as regras podem gerar frustrações e até afastar os compradores.

Uso de outras ferramentas

Aplicativos que oferecem promoções e descontos exclusivos para usuários cadastrados, além de conteúdos personalizados, proporcionando uma experiência mais direta e acessível, mantendo o público sempre atualizado sobre as melhores ofertas. 

Outra estratégia interessante é a automação de marketing, como o envio de e-mails e mensagens segmentadas com base no comportamento de compra, o que ajuda a manter a marca presente no dia a dia dos consumidores e fortalecer a conexão com eles. 

A combinação de diferentes soluções é a abordagem mais eficaz. Por exemplo, após uma compra, o cliente pode receber sugestões de produtos relacionados ou descontos, incentivando o uso estratégico de seus créditos.

Atenção à personalização

Um cuidado fundamental ao implementar ferramentas de fidelização é garantir uma personalização equilibrada, sem ser invasiva, sempre priorizando a experiência do usuário e respeitando sua privacidade de dados.

A comunicação deve ser transparente e clara para evitar possíveis confusões ou frustrações. Além disso, é essencial monitorar o impacto dessas estratégias, evitando a dependência excessiva de promoções financeiras. 

É preciso lembrar que a verdadeira fidelidade vai além do uso de ferramentas específicas. O sucesso reside na combinação equilibrada de benefícios financeiros, qualidade dos produtos e experiência oferecida aos clientes. Criar valor para o próprio público em cada etapa da jornada é garantir que ele volte, não apenas pelas recompensas, mas pela confiança na marca e pela satisfação proporcionada.

Compras com cartão de crédito

As compras efetuadas por meio de cartões de crédito, subsídios e pré-pagos cresceram 11,2% no primeiro semestre de 2024, totalizando R$ 2 trilhões, apesar do crescimento do Pix como método de pagamento da população brasileira. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) no dia 7 de agosto. 

O uso específico do cartão de crédito cresceu 14,3% no semestre em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo o principal destaque, somando R$ 1,3 trilhão em pagamentos. O segundo maior volume de operações foi do cartão de débito, que registrou uma queda de nível de 0,2%, totalizando R$ 486,2 bilhões. Já no modelo pré-pago, o volume transacionado somou R$ 181,5 bilhões, apresentando um crescimento de 24,8%.

Fonte: Shalisa Boso, diretora administrativa da Prohall

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