Frigorífico mineiro busca atingir faturamento de R$200 milhões até 2026

O mercado de carnes no Brasil ganhará um novo nome no próximo ano com o início das operações do frigorífico O Cortês, sediado em Raul Soares, na Zona da Mata de Minas Gerais. A empresa, que faz parte do Grupo ARO, almeja se tornar um competidor de peso no mercado de carne suína tanto nacional quanto internacional, com projeções audaciosas para os próximos anos. Até 2026, o frigorífico espera atingir um faturamento de R$ 200 milhões, resultado de uma estratégia voltada ao mercado externo e ao compromisso com a qualidade e sustentabilidade.

Com sua proposta de valor que combina excelência, sustentabilidade e produtos de alta qualidade, o frigorífico O Cortês desponta como uma promessa no setor de carnes premium | Foto: Reprodução/Assessoria
Com sua proposta de valor que combina excelência, sustentabilidade e produtos de alta qualidade, o frigorífico O Cortês desponta como uma promessa no setor de carnes premium | Foto: Reprodução/Assessoria

Com a intenção de alcançar consumidores exigentes na Europa e nos Estados Unidos, a empresa busca oferecer carne suína premium de alto valor agregado. Este planejamento é ancorado em um investimento inicial de R$ 25 milhões, sendo R$ 17 milhões já captados via Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e investidores privados. O frigorífico também aposta na raça suína Duroc, reconhecida pelo excelente marmoreio e sabor, para se posicionar como referência no segmento.

Visão global e produtos de alto padrão

O primeiro ano de operação, em 2025, será focado no mercado interno, consolidando a presença da marca no Brasil. Contudo, a visão da empresa é global, com planos de iniciar exportações já em 2026. Rodrigo Torres, sócio-proprietário do Grupo ARO, afirma que a expansão internacional faz parte da meta da companhia desde o início.

“Nosso foco inicial será o Brasil, mas queremos, em breve, conquistar o mercado internacional. O setor suinícola tem um potencial enorme, especialmente quando se fala em qualidade, sustentabilidade e certificações rigorosas que o consumidor europeu e norte-americano valoriza”, explica.

Para atingir esses mercados, a estratégia da empresa inclui produtos adaptados às exigências locais. Em vez de carne suína in natura, O Cortês investirá em produtos processados e temperados, que têm maior aceitação nos mercados da União Europeia e dos Estados Unidos. Andrea Zerbeto, sócia e cofundadora do frigorífico, destaca que a cultura do consumo de alimentos enlatados é forte nessas regiões, o que facilita a inserção da marca com produtos que atendem aos padrões de qualidade esperados.

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Além dos produtos enlatados, a empresa também planeja ofertar cortes premium como Prime Rib e T-Bone em porções menores, de até 250 gramas, voltados para consumidores que prezam pela conveniência e pela redução do desperdício. Essa abordagem permite à O Cortês se destacar em nichos específicos, oferecendo diferenciais que agregam valor à sua marca e atraem clientes dispostos a pagar mais pela qualidade.

Estratégia de crescimento e parcerias

Para alcançar suas metas, O Cortês planeja um crescimento acelerado e sustentado por parcerias estratégicas. Em cinco anos, a empresa quer conquistar 0,5% do mercado brasileiro de carne suína. Para isso, a marca busca colaborações com companhias experientes no setor de exportação, visando expandir a capacidade produtiva de forma gradual e eficiente.

Torres comenta que o plano é construir uma base sólida para crescer de forma inteligente, garantindo qualidade e um bom retorno financeiro. “Estudamos implementar um turno noturno até o fim de 2025, o que nos permitirá dobrar a capacidade produtiva e atender à demanda crescente, especialmente nos mercados internacionais”, afirma.

Esse planejamento permite ao O Cortês não apenas expandir suas operações, mas também manter um alto nível de eficiência. A meta é atingir uma margem Ebitda de 33%, o que garante o retorno do investimento inicial em menos de três anos. Para alcançar esses números, a empresa trabalha com metas bem definidas e uma estratégia que envolve inovação, excelência operacional e um olhar atento às tendências globais do setor.

Sustentabilidade no centro da operação

Em um cenário onde o consumo consciente e a sustentabilidade estão cada vez mais em pauta, O Cortês pretende se destacar como uma empresa ambientalmente responsável. O compromisso com práticas sustentáveis é um dos pilares da marca, que pretende se alinhar às demandas dos consumidores por um produto de qualidade e ao mesmo tempo consciente do impacto ambiental.

Para garantir um impacto ambiental positivo, o frigorífico implantará um programa de reflorestamento com o plantio de aproximadamente 150 mil árvores. Esse projeto visa sequestrar o carbono gerado em todas as fases da produção, desde o cultivo dos grãos até a distribuição da carne. Segundo Torres, essa é uma maneira de neutralizar as emissões e criar um saldo de carbono positivo, colaborando com o combate ao aquecimento global. “Queremos não apenas oferecer um produto premium, mas também garantir que nosso processo produtivo esteja alinhado com as preocupações ambientais do consumidor moderno”, afirma.

No mercado brasileiro, esse tipo de abordagem ainda é recente, mas a empresa vê o diferencial sustentável como uma vantagem competitiva, principalmente ao ingressar em mercados estrangeiros onde as questões ambientais são mais sensíveis e determinantes na escolha do consumidor.

O Cortês: um novo capítulo para o frigorífico com carne suína premium

Com sua proposta de valor que combina excelência, sustentabilidade e produtos de alta qualidade, o frigorífico O Cortês desponta como uma promessa no setor de carnes premium. O foco em cortes nobres da raça Duroc e a adaptação dos produtos ao perfil de consumo dos clientes internacionais são aspectos que posicionam a marca como uma potencial líder no mercado de carne suína brasileira e internacional.

Em Minas Gerais, a Zona da Mata é o berço dessa iniciativa ambiciosa que promete inovar o setor suinícola. A entrada de O Cortês no mercado reflete uma tendência de valorização da carne suína, alinhada às exigências do consumidor global por qualidade, sustentabilidade e conveniência. Para a região e o país, trata-se de um impulso econômico importante, que pode abrir portas para novas oportunidades e elevar o Brasil no cenário da produção suína global.

O futuro do setor de carne suína premium já começou, e ele passa por Minas Gerais. O Cortês, ao unir inovação, qualidade e responsabilidade ambiental, está pronto para atender os consumidores mais exigentes do mundo, consolidando-se no Brasil e projetando sua presença nos mercados mais promissores.

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