Azul e Gol planejam fusão para unir forças no mercado aéreo

Na noite de quarta-feira, 15 de janeiro, a Gol divulgou um fato relevante informando que o grupo Abra, controlador da Gol e da Avianca, assinou um memorando de entendimento com a Azul para explorar a união de seus negócios no Brasil.

A Gol esclareceu que, embora o acordo não seja vinculante, ele visa estudar a viabilidade de uma possível fusão entre os negócios da Abra e da Azul. No entanto, a Gol, exclusivamente, não faz parte desse acordo.

Receita Federal revoga monitoramento do Pix e garante gratuidade.
As redes e a frota da Gol e da Azul são complementares em cerca de 90% das rotas, com cada empresa operando em mercados distintos |Foto: Reprodução/FiiiBrasil 

O comunicado também destacou que esse acordo não afetará a estratégia, a condução dos negócios ou as operações diárias da Gol, que continua focada em concluir as etapas restantes de sua recuperação judicial (Chapter 11) nos Estados Unidos.

Se o acordo se concretizar, as duas empresas manteriam suas marcas e certificados operacionais independentes, ou seja, Azul e Gol continuariam a operar com suas identidades separadas.

A negociação está ainda em uma fase inicial, e o avanço do processo dependerá da concretização do plano de reorganização da Gol nos Estados Unidos.

A Azul, em sua nota, destacou que as duas empresas possuem quase 90% de rotas complementares no Brasil e acredita que a transação, se concretizada, fortaleceria o Brasil em um setor aéreo altamente globalizado.

Comunicado da Azul

Em nota a empresa informou que a Abra, investidora majoritária da Gol e da Avianca, informaram que assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) não vinculante com o objetivo de combinar seus negócios no Brasil.

A estrutura proposta, resultante da fusão da Azul com a Gol, visa posicionar o Brasil de forma mais competitiva em um setor altamente globalizado. Segundo o comunicado, a intenção é promover o crescimento da indústria aeronáutica brasileira, expandindo destinos, rotas, conectividade e serviços ao consumidor, além de aumentar a oferta de voos domésticos e internacionais.

As duas empresas possuem cerca de 90% de rotas complementares, sem sobreposição. Embora o MoU preveja uma unificação estratégica, as companhias aéreas deverão manter seus certificados operacionais, o que implica na manutenção das marcas e operações separadas.

Combinando forças, diz CEO da Azul

O CEO da Azul, John Rodgerson, explicou que a companhia foi criada com o objetivo de expandir o mercado aéreo brasileiro, visando aumentar o acesso dos brasileiros às viagens aéreas, independentemente da localização, por meio da ampliação da conectividade. Segundo ele, a combinação das forças das empresas proporcionaria uma oportunidade de fortalecer o setor, aumentando o número de voos disponíveis e alcançando mais de 200 cidades atendidas no Brasil, além de permitir maior competitividade em um setor altamente globalizado.

Rodgerson também mencionou que, entre os benefícios esperados do acordo, estão o aumento da conectividade, a criação de empregos, o fornecimento de um serviço de alta qualidade e a busca pela melhor relação custo-benefício para os consumidores.

Grupo Abra ressalta a complementaridade das malhas aéreas

O Grupo Abra enfatizou em comunicado que as redes e a frota da Gol e da Azul são complementares em cerca de 90% das rotas, com cada empresa operando com aeronaves de tamanhos distintos e atendendo a diferentes destinos. A empresa também observou que as partes envolvidas esperam que a combinação de seus negócios gere eficiências e redução de custos.

O CEO da Abra anunciou com entusiasmo a intenção de explorar uma possível fusão entre os negócios da Gol e da Azul, com o objetivo de criar uma companhia aérea mais competitiva e resiliente no cenário global, além de promover a democratização do setor.

Ele destacou que essa ação faz parte da estratégia do Grupo Abra de fortalecer o mercado brasileiro, considerando a oportunidade como fundamental para ampliar ainda mais sua presença no país e consolidar sua rede global.

Em relação ao processo de reestruturação da Gol, Manuel Irarrázaval, CFO da Abra, afirmou que o grupo continua a apoiar a administração da Gol e a equipe durante a recuperação no processo de Capítulo 11 nos Estados Unidos. Irarrázaval expressou confiança nas perspectivas da empresa de se tornar uma entidade autônoma e bem capitalizada após a conclusão do processo.

As empresas manterão operações independentes

A Azul e a Gol seguirão operando com marcas distintas, porém integrarão suas frotas e buscarão sinergias nas rotas internacionais, mantendo a GOL como cliente da Boeing e a Azul como principal cliente da Embraer para aquisição de aeronaves.

O CEO da Azul, John Rodgerson, contou em uma entrevista que a ideia de fusão foi apresentada ao presidente Lula aproximadamente oito meses atrás. Ele mencionou que o presidente demonstrou apoio à criação de uma empresa nacional sólida, que aumente a competitividade no setor aéreo.

Leia também: Nubank e Oxxo fazem parceria para expandir serviços no México

Atualize-se.
Receba Nossa Newsletter Semanal

Sugestões para você