É possível que uma declaração de Neymar tenha impacto nas ações de uma empresa? Embora pareça uma questão curiosa, uma fala do jogador em entrevista após o jogo contra o Corinthians, na quarta-feira, 12 de fevereiro, gerou uma polêmica que coincidiu com a queda dos papéis de uma marca esportiva brasileira na B3.
A B3 é o mercado onde são negociadas ações de empresas, e qualquer evento significativo envolvido em uma marca pode refletir diretamente no desempenho de seus papéis, e impactar seus investidores.
Tudo começou quando Neymar fez uma crítica à bola utilizada no Campeonato Paulista, produzida pela Penalty – marca da Cambuci, que é negociada na bolsa de valores brasileira sob o código CAMB3. O craque sugeriu que a bola precisaria de melhorias, concordando com a opinião de Filipe Luís. “Essa bola é muito ruim. Tem que melhorar um pouco mais”, afirmou Neymar.
A ocorrência do mercado não demorou a aparecer. As ações da Cambuci abriram no outono na manhã de quinta-feira, 13 de fevereiro. Por volta das 10h30 (horário de Brasília), os papéis estavam sendo negociados a R$ 10,47, com uma queda de 1,41%. Vale ressaltar que, no dia anterior, as ações já foram fechadas em baixa de 0,75%, mesmo antes das declarações de Neymar.
Reação da Penalty
Após as críticas de Neymar, o Penalty, responsável pela fabricação da bola do Campeonato Paulista, se manifestou. Em um comunicado oficial, a empresa destacou que o produto está em conformidade com todas as diretrizes da Fifa.
No texto, a Penalty afirmou que a bola foi projetada para ser “mais rápida e dinâmica”, mas descobriu que essa mudança pode ter causado dificuldades na adaptação dos jogadores, principalmente em campos com maior irregularidade – confira a nota completa abaixo.
Nota Penalty
A Penalty, em parceria com a Federação Paulista de Futebol, vem a público se manifestar diante das críticas emitidas em relação à bola oficial do Paulistão Sicredi 2025 nesta quarta-feira, 12 de fevereiro:
A Penalty e a FPF reafirmam seu compromisso com a qualidade, a inovação e o desenvolvimento do futebol, sempre ouvindo atentamente o feedback de atletas, treinadores e corpo técnico dos clubes para aprimorar seus produtos e garantir o mais alto nível de desempenho. A Penalty Ecoknit S11, modelo da bola do Paulistão Sicredi 2025, é certificada pela FIFA (“FIFA Quality Pro” – FIFA Quality Programme for Footballs – certificado n°1007545) e habilitada para campeonatos Mundiais e Intercontinentais.
Seguindo a orientação da FIFA, a bola para 2025 evoluiu e está mais rápida e dinâmica. Tanto é verdade que este ano as partidas apresentam uma média maior de gols, com um crescimento de 19% em 2025 (2,4 gols por partida) vs 2024 (2,02 gols por partida), resultando em uma competição ainda mais atraente para o público.
A Penalty reconhece que essa mudança pode ter um impacto na adaptação dos jogadores, especialmente em campos com mais irregularidades.
A Penalty informa que entrará em contato com todos os clubes envolvidos no Paulistão Sicredi para ouvir os protagonistas do futebol —atletas e treinadores— e entender todos os pontos de críticas e sugestões para uma evolução constante da tecnologia e, principalmente, do resultado em campo de suas bolas.
Por fim, destacamos que a Penalty está constantemente atualizada com a FIFA e as entidades parceiras, contribuindo para o melhor resultado do esporte.
Quanto custa a bola criticada por Neymar?
A bola utilizada no Campeonato Paulista é produzida pela Penalty. O modelo é o S11 Ecoknit, que está sendo vendido por R$ 599,99 no site da marca.
De acordo com a Penalty, a bola foi projetada para atender a “jogadores exigentes”. Além do Paulistão, ela também é usada em outros campeonatos estaduais, como o Campeonato Carioca.
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