Startup cria IA para conectar influenciadores a marcas

A Nice House, uma startup voltada para a creator economy (economia dos criadores), anunciou no final de 2024, o lançamento da Nic, uma assistente virtual baseada em inteligência artificial, que tem como objetivo conectar criadores de conteúdo a marcas, projetos e novas oportunidades.

A plataforma foi criada com o WhatsApp como ferramenta central, permitindo que os criadores expandam seu alcance para além da criação de conteúdo, com foco em negócios e empreendedorismo. O investimento inicial para o desenvolvimento da tecnologia foi de R$ 100 mil.

A startup Nice House lança IA para unir influenciadores e marcas via WhatsApp.
A Nic é uma assistente virtual baseada em inteligência artificial, projetada para conectar criadores de conteúdo a marcas, projetos e novas oportunidades |Foto: Divulgação/Nice House

Em entrevista para a Forbes, Mari Galindo, CEO da Nice House, explicou que a criação da Nic visa mudar a forma como os criadores de conteúdo são vistos no mercado, transformando-os de simples veículos de divulgação de marcas em players essenciais na indústria de influências, que são empresas ou organizações que possuem grande influência em um setor da economia.

A assistente virtual será acessível e sem custos para toda a comunidade de criadores. A Nic permitirá que os profissionais encontrem oportunidades de publicidade remunerada e, após a aceitação de um projeto, auxiliará no processo completo de entrega, desde o início até a conclusão do trabalho.

Além de conectar criadores a oportunidades, a Nic também oferecerá ferramentas de apoio criativo e operacional, como a elaboração de roteiros com o uso de IA, monitoramento de tendências solicitadas pelos usuários e programas de benefícios específicos para as necessidades dos criadores, como a antecipação de cachês.

A CEO também comentou que, considerando que 95% dos criadores de conteúdo na América Latina acessam plataformas principalmente por dispositivos móveis, a decisão foi integrar a assistente ao WhatsApp. Essa escolha evita o uso excessivo de memória e dados, uma vez que não será necessário instalar novos aplicativos ou acessar plataformas via navegador.

Focada em um público estratégico, a Nic atenderá principalmente criadores com uma base de seguidores mais modesta. De acordo com o relatório Creators e Negócios de 2024, mais de 56% dos influenciadores no Brasil possuem entre 1 e 50 mil seguidores.

Startups e big techs querem tornar robôs o maior produto de todos os tempos?

Em busca de inovação, startups e bigs criam novas formas de usar inteligência artificial para revolucionar o mercado, um exemplo disso é a A 1X Robotics, uma startup norueguesa, já está oferece para venda o seu robô doméstico chamado Neo Beta, que está trazendo o futuro dos filmes de ficção científica para o nosso dia a dia. O lançamento ocorreu no Slush 2024, um dos mais importantes eventos de tecnologia do mundo, realizado em Helsinque, na Finlândia.

Bernt Øyvind Børnich, CEO da empresa, destacou o papel inovador que a integração da inteligência artificial (IA) generativa pode ter na revolução tanto das tarefas domésticas quanto das industriais, criando novas possibilidades para as interações com máquinas.

O Neo Beta foi desenvolvido para ser um assistente doméstico e se destaca por sua capacidade de interação com seres humanos. A principal inovação do robô é a sua capacidade de se mover de forma fluida e realizar uma série de tarefas de maneira eficiente. Mas o mais impressionante é a habilidade de aprender de forma contínua.

O Neo Beta tem a capacidade de compartilhar informações com outros robôs, criando um tipo de rede coletiva de aprendizado. Isso ocorre por meio de uma tecnologia conhecida como aprendizado federado, que conecta todas as unidades de robôs, permitindo que a inteligência de cada uma delas se fortaleça e se aprimore com o tempo.

Entre as funções do Neo Beta, estão a limpeza, organização de espaços e o transporte de pequenos objetos dentro da casa. O robô também é capaz de reconhecer comandos de voz, o que permite que os usuários se comuniquem com ele de maneira natural, como fariam com uma pessoa.

Além disso, ele tem a capacidade de identificar expressões faciais, o que significa que ele pode adaptar seu comportamento de acordo com o estado de espírito e as necessidades do usuário. O Neo Beta se ajusta a diferentes ambientes, o que o torna extremamente versátil.

Outro ponto importante é sua mecânica avançada, que foi projetada para garantir a segurança. Isso é crucial, pois o robô pode interagir com crianças e outras pessoas sem causar danos acidentais, já que sua força e movimentos foram calibrados para evitar qualquer tipo de risco.

Essas inovações estão sendo impulsionadas principalmente pela IA generativa, uma tecnologia que tem o poder de criar comportamentos inéditos a partir da análise de grandes volumes de dados. Isso permite que os robôs aprendam em tempo real e, assim, humanizem suas interações.

Ao contrário dos robôs convencionais, que operam apenas dentro de um conjunto de regras predefinidas, a IA generativa proporciona um nível de flexibilidade e adaptação que torna as interações mais naturais e fluidas.

O papel da Tesla

A Tesla, uma das empresas mais inovadoras do mundo, está explorando essa mesma tecnologia em seu robô humanoide chamado Optimus. No evento We, Robot, em 2024, o Optimus surpreendeu o público ao interagir socialmente com os convidados.

O robô foi programado para desempenhar diferentes papéis, como bartender e jogador de mímica, proporcionando uma experiência inédita para os presentes. Embora algumas dessas demonstrações tenham sido controladas remotamente, o evento mostrou claramente o potencial de autonomia desses robôs humanoides.

Após o evento, a Tesla divulgou um vídeo impressionante do Optimus, mostrando-o pegando bolas de tênis com uma precisão incrível. Essa habilidade foi possível devido à nova mão robótica do Optimus, que imita o funcionamento dos tendões humanos, permitindo uma manipulação extremamente precisa e eficiente de objetos.

Outras big techs também fortalecem o mercado

Diversas outras empresas também estão investindo na produção de robôs humanoides e na criação de unidades que podem ser produzidas em grande escala. A Agility Robotics, por exemplo, criou o robô Digit e inaugurou a Robofab, a primeira fábrica do mundo dedicada exclusivamente à produção de robôs humanoides.

A Robofab tem a capacidade de produzir até 10 mil unidades por ano, e já está trabalhando em parceria com a Amazon para testar o Digit em tarefas como organização de depósitos e movimentação de cargas leves.

Outra empresa de destaque é a Figure AI, que recebeu um investimento de US$ 675 milhões de gigantes da tecnologia, como Microsoft e Nvidia. O robô Figure 02, desenvolvido pela empresa, já é utilizado em tarefas como dobrar roupas e em linhas de montagem da BMW.

No entanto, assim como outros humanoides, o Figure 02 ainda depende parcialmente de controle remoto para algumas atividades, o que evidencia os desafios da autonomia total. A Apptronik, por sua vez, está desenvolvendo o Apollo, um robô projetado para realizar tarefas repetitivas e fisicamente exigentes. Ele está sendo testado em fábricas da Mercedes-Benz, onde substitui atividades manuais cansativas por operações mais eficientes, sem os limites de cansaço e esforço físico humano.

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