Rio de Janeiro foi a capital com o maior aumento registrado no valor da cesta básica
Dez capitais brasileiras apresentaram aumento no valor médio da cesta básica no mês de junho, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Em outras sete capitais analisadas, houve queda nos preços.
SP lidera no custo médio e Rio no aumento
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 832,69), seguido por Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86).
Nas regiões Norte e Nordeste, cuja composição de alimentos é diferente de outras regiões, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).
A comparação dos valores da cesta entre junho de 2023 e junho de 2024 mostra que o custo da cesta básica aumentou em 13 cidades, com destaque para as variações no Rio de Janeiro (9,90%), em Curitiba (7,66%), Brasília (7,51%) e Belo Horizonte (6,94%). A redução mais significativa foi registrada em Recife (-6,16%).
Salário mínimo necessário para sobrevivência
O estudo também apontou qual seria o salário mínimo necessário para garantir itens básicos para a sobrevivência de uma família de quatro pessoas em São Paulo, incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em junho de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.995,44, ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. No mês de maio, o valor necessário era de R$ 6.946,37, correspondente a 4,92 vezes o piso mínimo.
No mesmo período de 2023, o mínimo necessário deveria ter sido R$ 6.578,41, ou 4,98 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.320,00.
Quanto a cesta básica representa na renda do trabalhador?
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, observa-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, em junho de 2024, 54,00% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Em maio, essa porcentagem foi de 54,31% da renda líquida. Em junho de 2023, o percentual foi de 55,63%.