Investimentos ditos por Lula incluem aportes público e privados, além de linhas de crédito que serão abertas pelo governo
O presidente Lula anunciou, na última quarta-feira, 12 de setembro, R$ 186,6 bilhões em investimentos públicos e privados para indústrias de alta tecnologia, como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, semicondutores e big data.
O pacote de medidas do presidente Lula, que inclui investimentos públicos, privados e créditos para o setor, foi anunciado durante uma solenidade no Palácio do Planalto, com a presença de empresários e representantes da indústria e sindicatos de trabalhadores.
Do valor total anunciado, R$ 42,2 bilhões já foram alocados pelo poder público. O setor privado investirá R$ 85,7 bilhões.
De onde virão os transportes privados?
Os recursos privados foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com R$ 34,8 bilhões; Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), com R$ 24,8 bilhões; Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D Brasil), com R$ 16 bilhões e a multinacional Amazon, com R$ 10,1 bilhões.
O presidente Lula sancionou a lei que cria o Programa Brasil Semicon, com um incentivo de R$ 7 bilhões por ano para pesquisa e inovação no setor de chips e eletroeletrônica. Outra medida anunciada foi a criação de linhas de crédito para o setor tecnológico.
Metas anunciadas por Lula para o setor de tecnologia
A meta do Governo Federal é atingir, pelo menos, 50% de digitalização nas indústrias brasileiras até 2033, com uma meta distribuída de 25% em 2026. Atualmente, o percentual é de 18,9%, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
De acordo com o ministério, para atingir a digitalização, é necessário implementar três das seis tecnologias relevantes para a transformação digital: serviços em nuvem, ERP/CRM (softwares financeiros), Big Data, robôs de serviço, Internet das Coisas e inteligência artificial.
Participaram do anúncio o vice-presidente e chefe do MDIC, Geraldo Alckmin, e os ministros Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).
O que é a Internet das Coisas?
A Internet das Coisas (IoT), do inglês Internet of Things, é o conceito de interconexão de objetos físicos à internet, permitindo que eles coletem, transmitam e recebam dados automaticamente.
Esses dispositivos, que podem variar de aparelhos, sensores e veículos a sistemas industriais, estão equipados com sensores, software e outras tecnologias que permitem a comunicação entre si e com sistemas maiores, como aplicativos de controle e análise de dados.
A IoT permite que esses objetos se tornem “inteligentes”, integrando dados em tempo real, automatizando processos e melhorando a eficiência em diversas áreas. Por exemplo, em uma casa inteligente, dispositivos como termostatos, geladeiras e câmeras de segurança podem ser controlados remotamente por um smartphone. Portanto, trazem conforto e economia de energia.
Quais são os benefícios?
No setor industrial, a IoT permite o monitoramento remoto de máquinas, pois facilita a manutenção preditiva e diminui o tempo de inatividade.
Um dos principais benefícios da IoT é a capacidade de transformar dados em insights acionáveis. Sensores em fábricas podem monitorar o desempenho das máquinas, enquanto dispositivos vestíveis de saúde podem rastrear a saúde dos usuários e enviar informações diretamente para os médicos.
Em cidades inteligentes, a IoT melhora a gestão de recursos, como energia e água. Nas ruas urbanas, facilita a mobilidade, gerenciando o tráfego em tempo real.
No entanto, à medida que a IoT cresce, novas preocupações sobre segurança e privacidade aparecem, pois mais dispositivos conectados à internet significam mais pontos de vulnerabilidade a ataques cibernéticos.
Mesmo assim, a Internet das Coisas promete transformar significativamente a maneira como vivemos, criando um mundo mais conectado e eficiente.