Organizações universitárias desenvolvem habilidades profissionais e aumentam a empregabilidade de estudantes no Brasil
A cada ano, mais mulheres encontram no empreendedorismo uma forma de construir suas carreiras e transformar suas vidas. No Brasil, um dos motores desse movimento são as empresas juniores, formadas por estudantes universitários que oferecem serviços de consultoria a preços acessíveis.

Essas organizações abrem portas para jovens mulheres desenvolverem suas habilidades e se destacarem no mercado de trabalho.
Atualmente, existem 1.612 empresas juniores em mais de 361 universidades brasileiras. Essas associações sem fins lucrativos oferecem serviços a valores reduzidos, cobrando apenas o necessário para cobrir custos administrativos e de capacitação.
Isso facilita o acesso ao empreendedorismo e prepara os estudantes para o mercado de trabalho, desenvolvendo competências em gestão, trabalho em equipe, liderança e resolução de problemas.
Empresas juniores são importantes para o empreendedorismo feminino
Dados do Sebrae de 2023 indicam que as mulheres já representam 34% dos donos de negócios no país e são responsáveis por 48% dos novos negócios iniciados nos últimos anos. Esses números destacam a importância de iniciativas como as empresas juniores, que apoiam o empreendedorismo feminino.
No Movimento Empresa Júnior, a participação feminina é significativa. Na Brasil Júnior, por exemplo, que representa o movimento no país, metade da Diretoria Executiva é composta por mulheres.
Participar de uma empresa júnior tem se mostrado um diferencial importante no mercado de trabalho. Segundo o Movimento, estudantes envolvidos nessas organizações têm uma taxa de empregabilidade quatro vezes maior do que os que não participam.
“Embora ainda existam muitos desafios para as mulheres empreendedoras, temos visto um número crescente de jovens lideranças juniores empenhadas em se capacitar, empreender e transformar suas realidades e a do país”, explica Elias Gabriel, presidente executivo da Brasil Júnior.
Casos de sucesso incluem Joice Toyota, fundadora da Vetor Brasil; Ianna Brandão, diretora de Ciência da Cidade na Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza; e Fernanda Amorim, líder de gestão de comunidades na Fundação Estudar e ex-presidente da Confederação das Empresas Juniores do Brasil.