China aposta em cidades resilientes e inteligentes

China divulga plano para modernizar cidades, com foco em tecnologias digitais e infraestruturas resilientes até 2030

O governo chinês, através de seus principais órgãos, apresentou um plano ambicioso para transformar as cidades do país em locais mais seguros e resilientes. Esse plano detalha uma série de medidas que visam fortalecer a capacidade das cidades de enfrentar e superar desafios, como terremotos, inundações ou crises econômicas.

Cidades inteligentes e resilientes na visão do governo chinês
Plano chinês visa cidades inteligentes e resilientes até 2030, integrando tecnologia para enfrentar desafios urbanos e melhorar a qualidade de vida |Foto: Reprodução/Freepik

Uma das principais ideias é a criação de “cidades inteligentes”. Isso significa usar a tecnologia para tornar as cidades mais eficientes e capazes de se adaptar às mudanças. Por exemplo, sensores podem monitorar a qualidade do ar e da água, permitindo que os governos tomem medidas para melhorar a saúde da população. Além disso, sistemas inteligentes de transporte podem reduzir o congestionamento e tornar o deslocamento mais rápido e fácil.

O plano também destaca a importância de se preparar para enfrentar crises. As cidades chinesas serão equipadas com sistemas de alerta precoce para desastres naturais e com planos de emergência para lidar com situações inesperadas. O objetivo é reduzir os danos causados por eventos como terremotos ou pandemias e garantir que as cidades se recuperem mais rapidamente.

Ao transformar as cidades em locais mais inteligentes e resilientes, o governo chinês busca construir um futuro mais sustentável para seus cidadãos. As cidades inteligentes são mais eficientes no uso de recursos como água e energia, o que ajuda a proteger o meio ambiente. Além disso, elas oferecem uma melhor qualidade de vida, com serviços públicos mais eficientes e espaços urbanos mais agradáveis.

A iniciativa do governo chinês representa uma de planejar com eficiência o futuro das cidades do país. Ao investir em tecnologia e em medidas de prevenção, a China busca construir cidades mais seguras, eficientes e sustentáveis, garantindo um futuro melhor para seus cidadãos.

Plano de ação para infraestruturas urbanas avançadas


O documento analisado, com o título “Opiniões sobre a Promoção da Construção de Novas Infraestruturas Urbanas para Criar Cidades Resilientes”, nos mostra como as cidades podem se preparar melhor para enfrentar os desafios do dia a dia. A ideia principal é fazer com que as cidades sejam mais fortes e capazes de se recuperar de problemas como desastres naturais ou crises.

O documento está dividido em três partes principais. A primeira parte fala sobre as coisas básicas que todas as cidades precisam para se tornar mais resilientes. A segunda parte lista as principais ações que as cidades devem tomar para alcançar esse objetivo. E a terceira parte fala sobre a importância de ter uma boa liderança para coordenar todas essas ações.

A ideia central é que as cidades precisam atualizar suas estruturas, como ruas, pontes e sistemas de transporte, usando as tecnologias mais modernas. Ao fazer isso, as cidades podem se tornar mais eficientes, seguras e inteligentes.

Para alcançar esse objetivo, é muito importante usar tecnologias como a internet e a inteligência artificial. Essas tecnologias podem transformar a forma como as cidades funcionam, tornando-as mais eficientes e seguras.

Uma das ideias mais importantes do documento é criar plataformas digitais, como sistemas que monitoram e controlam a cidade em tempo real. Essas plataformas podem ajudar a gerenciar a cidade de forma mais eficiente.

O objetivo final é criar um sistema onde todas as partes da cidade trabalhem juntas de forma mais harmoniosa. Por exemplo, o sistema de transporte, a coleta de lixo e a gestão de emergências podem trabalhar juntos para melhorar a vida das pessoas.

Esse sistema integrado não só vai fazer com que a cidade funcione melhor no dia a dia, mas também vai ajudar a cidade a se recuperar mais rápido de crises, como desastres naturais ou pandemias.

O documento apresenta uma visão de futuro para as cidades, onde a tecnologia tem um papel muito importante. Com a ajuda da tecnologia, as cidades podem se tornar mais seguras, mais eficientes e mais preparadas para enfrentar os desafios do futuro.

Metas ambiciosas para 2030

Até 2027, o governo chinês tem a expectativa de realizar progressos consideráveis em diversas áreas, estabelecendo práticas e soluções inovadoras que poderão ser replicadas e adaptadas para outras regiões do país, servindo como modelo para um futuro mais moderno e sustentável.

A meta final é alcançar, até 2030, a criação de um conjunto de cidades resilientes e de alto nível, que se destacarão por um funcionamento urbano mais seguro, organizado, inteligente e eficiente, com foco em qualidade de vida e sustentabilidade.

Para atingir esses objetivos, foram delineadas 11 tarefas centrais no plano, que incluem o desenvolvimento de infraestruturas inteligentes e a integração de veículos conectados à rede urbana.

Uma das ações mais relevantes será a implementação de sistemas avançados de percepção nas estradas, edifícios e outras instalações públicas, utilizando tecnologias de ponta, como o 5G, para estabelecer uma rede altamente avançada que possibilite a cooperação eficiente entre veículos e infraestruturas urbanas.

Além disso, o plano propõe a modernização dos sistemas de transporte, priorizando a criação de soluções inteligentes que garantam a fluidez do tráfego e a otimização do uso dos espaços urbanos.

A modernização dos estacionamentos e instalações logísticas também será uma prioridade, com ênfase na eficiência operacional, na sustentabilidade e na capacidade de resposta rápida em situações de emergência, visando proporcionar uma experiência urbana mais segura e adaptada às necessidades do futuro.

Inovações em logística e gestão urbana

O plano também prevê o desenvolvimento de um avançado sistema de distribuição urbana verde, com o objetivo de promover a sustentabilidade e a eficiência na entrega de produtos e serviços nas áreas urbanas.

Esse sistema incluirá, entre outras iniciativas, a implementação de redes de transporte e logística mais ecológicas e inteligentes, buscando minimizar impactos ambientais e garantir que os bens essenciais sejam entregues de forma rápida e eficaz, especialmente em situações de emergência.

Além disso, o plano prioriza a criação de infraestrutura robusta para emergências, que assegurará agilidade e precisão no fornecimento de bens em momentos críticos, como desastres naturais ou crises sanitárias.

Outro aspecto relevante do plano é a promoção das chamadas “famílias digitais”, onde serão integradas tecnologias de ponta, como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e big data, para transformar os sistemas domésticos em redes inteligentes interconectadas.

Essa integração visa não apenas melhorar a segurança elétrica e o monitoramento ambiental, mas também aprimorar o cuidado com a saúde, proporcionando um ambiente doméstico mais seguro, eficiente e adaptado às necessidades individuais de cada morador.

O objetivo é criar um ecossistema unificado de dispositivos domésticos, que trabalhem de maneira coordenada para otimizar o consumo de energia, melhorar a qualidade do ar e facilitar o monitoramento da saúde dos habitantes.

Na área de gestão urbana, o plano busca reforçar o monitoramento em tempo real das operações nas cidades e a análise dinâmica dos dados urbanos. Para isso, será desenvolvido um sistema integrado de plataformas, com atuação em três níveis: nacional, provincial e municipal.

Essa abordagem visa promover uma gestão mais eficiente, transparente e coordenada das cidades, permitindo uma melhor administração dos recursos urbanos e a criação de políticas públicas mais eficazes.

O objetivo é garantir uma coordenação aprimorada entre os centros urbanos inteligentes, o que facilitará a tomada de decisões e o gerenciamento de operações essenciais nas áreas de infraestrutura, transporte, segurança e serviços públicos.

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