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Entenda por que a desistência de Joe Biden desvaloriza o dólar em 0,61% no Brasil e no mundo

A recente decisão de Joe Biden de não concorrer à reeleição nos Estados Unidos teve um impacto significativo nas moedas globais, incluindo o real brasileiro. No dia seguinte ao anúncio, o dólar comercial caiu 0,61% no Brasil, fechando a R$ 5,569. Além do real, outras moedas como o peso mexicano, o peso chileno, o euro e a libra também se valorizaram.

Impacto político e econômico

Especialistas apontam que a desistência de Joe Biden altera o cenário político americano, especialmente no que diz respeito às chances de Donald Trump. Mesmo que Trump continue liderando as pesquisas, a entrada de um novo candidato democrata pode equilibrar o Congresso, beneficiando os mercados emergentes.

“Com a popularidade de Trump em alta, os democratas poderiam perder assentos no Congresso. Agora, um candidato democrata forte pode assegurar mais representantes, deixando o Congresso mais equilibrado. Isso é positivo para os mercados emergentes, já que um governo Trump com um Congresso totalmente a seu favor poderia ser prejudicial para esses países”, explica Luan Aral, especialista em câmbio na Genial Investimentos.

Democratas e nearshoring

A política econômica dos democratas favorece o nearshoring, que é a transferência de cadeias de produção para países próximos. Esse movimento beneficia especialmente os países da América Latina, como o México e o Brasil.

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“A política dos democratas de promover o nearshoring favorece países emergentes da América Latina. Isso ocorre porque muitas empresas americanas buscam relocalizar suas produções para locais mais próximos, beneficiando a economia desses países”, diz Eduardo Grübler, gestor de multimercados da Warren Asset.

Mercado de ações após desistência de Joe Biden

A reação do mercado de ações também foi positiva. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 0,19%, alcançando 127.860 pontos. Nos Estados Unidos, os índices também subiram: o Dow Jones aumentou 0,32%, o S&P 500 subiu 1,08% e a Nasdaq avançou 1,52%.

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