Planejar uma viagem à Disney é um sonho para muitas famílias, mas os custos podem transformar essa experiência em um desafio financeiro significativo. Para uma família de quatro pessoas, uma semana no parque pode custar entre US$ 6.463 e US$ 15.559, sem incluir passagens aéreas e souvenirs.
Esses valores elevados fazem com que muitos pais acabem se endividando para proporcionar aos filhos uma viagem inesquecível, como demonstrado por uma pesquisa da LendingTree, que revelou que 45% dos pais com filhos menores de 18 anos recorreram a empréstimos para custear a viagem.
A pressão emocional e cultural em torno de uma visita à Disney é um fator que contribui para essa disposição de gastar além das possibilidades. O parque é visto como um rito de passagem e um investimento emocional, levando os pais a quererem recriar para seus filhos as experiências que eles próprios tiveram na infância. Contudo, a combinação de expectativas altas e custos inesperados durante a viagem frequentemente resulta em dívidas significativas, colocando uma carga financeira adicional sobre as famílias.
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Pressão emocional e cultural relacionada aos parques da Disney e Orlando
Esse desejo de criar memórias inesquecíveis pode ser um fator de motivação, mas também contribui para a acumulação de dívidas. Muitas vezes, os visitantes ficam chocados com os preços elevados de itens básicos e serviços adicionais durante a viagem, o que pode resultar em despesas inesperadas e significativas.
Alterações nas políticas de preços da Disney
A Disney frequentemente ajusta suas políticas de preços, o que pode impactar o orçamento das famílias. Por exemplo, o serviço gratuito FastPass, que permitia reservar horários para atrações sem esperar nas filas, foi substituído por uma versão paga. Esse novo sistema de fura-fila pode custar até US$ 15 por pessoa por dia, aumentando os custos gerais da viagem.
Além disso, mudanças nos preços do transporte e a eliminação dos planos de refeições pré-pagos, que permitiam aos visitantes definir um orçamento fixo para refeições, também impactam o orçamento das famílias. Embora a Disney tenha reintroduzido os planos de refeições em 2024, as mudanças anteriores mostraram como as famílias podem ser pegas de surpresa com gastos não planejados.
Estratégias de financiamento
Para lidar com os altos custos, muitas famílias recorrem a estratégias de financiamento, como usar cartões de crédito. Alyssa Leach, por exemplo, usa bônus trimestrais para cobrir as despesas das férias, pagando o saldo do cartão de crédito conforme recebe esses bônus. Essa abordagem pode permitir que as famílias façam a viagem, mas também pode resultar em acumulação de dívidas e juros.
Outras famílias, como Johnny Esfeller e Rebecca Mitchell, usam diferentes métodos para financiar suas viagens. Esfeller, que se surpreendeu com os custos inesperados durante sua viagem, pagou a dívida acumulada em poucos meses. Mitchell, por outro lado, costumava fazer depósitos mínimos e pagava o saldo restante no cartão de crédito, quitando a dívida ao longo de seis meses.
Alternativas financeiras
Dada a alta probabilidade de endividamento associada a viagens à Disney, especialistas como Rachel Cruze sugerem considerar alternativas mais acessíveis. Parques nacionais e outras formas de entretenimento podem oferecer experiências memoráveis sem o impacto financeiro negativo das férias em grandes parques temáticos.
Cruze aconselha que as famílias evitem se endividar e busquem economizar antes de reservar férias caras. Manter uma reserva financeira adequada e planejar com antecedência são medidas recomendadas para garantir que as férias não resultem em dificuldades financeiras futuras.