Endividamento das famílias mantém tendência de queda pelo 2º mês seguido

Simultaneamente, a inadimplência ficou estável em agosto, de acordo com informações da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publicou na última quinta-feira, 5 de setembro, novos dados sobre dívidas e inadimplência dos brasileiros. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o endividamento das famílias brasileiras recuou de 78,5% em julho para 78% em agosto.

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Índice de famílias brasileiras com dívidas diminuiu – Foto: Reprodução/Canva

Mesmo com a queda, o número é superior ao do mesmo período do ano passado, que registrava 77,4% de endividamento. De acordo com a CNC, essa tendência se deve a uma “cautela” crescente das famílias brasileiras com o uso do crédito, em função da taxa de juros elevada no país.

Apesar da redução das dívidas de maneira geral, a quantidade de famílias que se declararam “muito endividadas” cresceu para 16,8%.

Endividamento cai e inadimplência se mantém estável

No que diz respeito à inadimplência, a pesquisa aponta que este número se manteve estável em 28,8% pelo terceiro mês consecutivo, um patamar ligeiramente inferior ao registrado em agosto de 2023.

No entanto, a proporção de famílias que afirmam não ter condições de pagar as dívidas atrasadas subiu para 12,1%. Para o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, mesmo com a queda do nível de endividamento, o comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas ainda é alto.

“O percentual médio de comprometimento da renda foi de 29,6% em agosto, demonstrando que as famílias estão buscando manter suas finanças sob controle, mas precisam alongar os prazos e lidar com juros altos, o que complica a situação”, considera Tavares.

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