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Bitcoin: o que é, quando surgiu e sua recente valorização

O Bitcoin, a criptomoeda mais famosa do mundo, atingiu recentemente seu maior valor desde julho de 2024, cotado a US$ 67.954,26, com picos que superaram a marca de US$ 68.000. Esse movimento reflete um momento de otimismo no mercado de criptomoedas, onde outras moedas digitais, como Ethereum e Solana, também apresentaram valorização. No entanto, para entender a importância dessa alta, é crucial compreender o que é o Bitcoin, como ele surgiu e como se estabeleceu no cenário financeiro global.

O que é o Bitcoin?

Trata-se de uma moeda digital descentralizada, ou seja, não é controlada por nenhum governo ou instituição financeira. Ele foi criado em 2008 por uma pessoa ou grupo sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, como uma alternativa ao sistema bancário tradicional. A proposta inicial era permitir transações financeiras seguras, transparentes e livres de intermediários, com a utilização de uma tecnologia chamada blockchain.

O blockchain é um livro de registro público e distribuído, que armazena todas as transações realizadas com Bitcoin. Esse sistema garante a segurança das operações, pois cada transação é validada por uma rede de computadores espalhados pelo mundo. Essa estrutura tecnológica faz com que seja extremamente difícil fraudar ou alterar as informações das transações, proporcionando uma camada extra de confiança aos usuários.

Quando surgiu?

A primeira transação oficial com Bitcoin ocorreu em janeiro de 2009, logo após Nakamoto minerar o bloco inicial da rede, conhecido como “bloco gênese”. No entanto, começou a ganhar notoriedade alguns anos depois, quando foi utilizado em transações reais.

Um dos casos mais famosos é a compra de duas pizzas em 2010 por 10.000 bitcoins, o que na época equivalia a cerca de US$ 41. Esse evento marcou o início da utilização do Bitcoin como forma de pagamento, e sua história de crescimento e valorização desde então é notável.

Nos anos seguintes, a moeda começou a atrair investidores, especialmente após 2017, quando seu preço disparou e ultrapassou a marca de US$ 19.000. Desde então, a moeda tem passado por ciclos de valorização e queda, mas sempre mantendo seu lugar como a principal criptomoeda do mercado.

Leia também: Bitcoin cai 2,17% e preocupa setor

Valorização do Bitcoin em outubro de 2024

O Bitcoin, a criptomoeda mais famosa do mundo, atingiu recentemente seu maior valor desde julho de 2024, sendo cotado a US$ 67.954,26, com picos que superaram a marca de US$ 68.000
A criptomoeda mais famosa do mundo atingiu recentemente seu maior valor desde julho de 2024, sendo cotado a US$ 67.954,26, com picos que superaram a marca de US$ 68.000 | Foto: Reprodução/Canva

Nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2024, o Bitcoin registrou uma alta de 1,6%, atingindo US$ 67.954,26, segundo dados da CoinGecko. Durante o dia, o valor chegou a ultrapassar US$ 68.000, o maior patamar desde julho deste ano. Esse movimento positivo no mercado de criptomoedas também favoreceu outras moedas digitais. O Ethereum, por exemplo, subiu 1,85%, chegando a US$ 2.624,74, enquanto a Solana apresentou uma valorização de 1,24%, alcançando US$ 154,84.

Além das moedas, as ações de empresas relacionadas ao setor de criptomoedas também se beneficiaram. A Coinbase, uma das maiores plataformas de negociação de criptomoedas do mundo, registrou uma alta de 7,27% na Nasdaq, e a Marathon Digital, uma mineradora de bitcoins, teve um ganho de 4,14%.

Fatores por trás da valorização

De acordo com Israel Buzaym, diretor de comunicação e especialista em criptomoedas do Bitybank, essa recente alta do Bitcoin é resultado de uma combinação de fatores. Entre eles, estão a inflação global ainda descontrolada, a desaceleração das grandes economias que exigem novos pacotes de estímulos, e a proximidade do fim do ano, um período historicamente favorável para a moeda digital.

Buzaym também menciona o fenômeno conhecido como “Uptober”, uma referência ao fato de que outubro costuma ser um mês de ótimo desempenho para o Bitcoin. Esse ciclo positivo geralmente ocorre devido ao aumento do apetite dos investidores por ativos de risco, que veem no Bitcoin uma oportunidade de obter ganhos acima da inflação.

Outro fator que tem chamado a atenção dos investidores são as eleições presidenciais americanas, que acontecerão em novembro de 2024. O resultado das eleições pode impactar diretamente a política monetária do país, e a próxima reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, também está no radar dos agentes de mercado. Dependendo das decisões de política monetária, o Bitcoin pode se valorizar ainda mais ou enfrentar novos desafios.

O futuro do Bitcoin

O Bitcoin é frequentemente descrito como um ativo volátil, e sua trajetória é marcada por altos e baixos. No entanto, a cada nova valorização significativa, a moeda digital ganha mais credibilidade e atrai um número crescente de investidores e entusiastas. Embora haja riscos associados a essa classe de ativos, especialmente em função de sua regulamentação ainda em desenvolvimento e da volatilidade extrema, o Bitcoin continua a ser visto por muitos como uma alternativa de investimento inovadora e uma possível reserva de valor no longo prazo.

Outro ponto a ser observado é o avanço da adoção institucional do Bitcoin. Grandes empresas, como a Tesla e a MicroStrategy, já incluíram a criptomoeda em suas estratégias financeiras, o que contribui para a popularização e aceitação da moeda. Além disso, países como El Salvador adotaram o Bitcoin como moeda legal, o que abre precedentes para futuras mudanças no cenário financeiro global.

No Brasil, o mercado de criptomoedas também está em expansão. Embora o Bitcoin ainda enfrente desafios regulatórios, a procura por ativos digitais tem crescido substancialmente, tanto por parte de investidores institucionais quanto do público geral.

O Bitcoin, desde seu surgimento em 2008, revolucionou o conceito de moeda e transações financeiras, tornando-se uma das principais criptomoedas do mundo. Sua valorização recente, que superou os US$ 68.000 em outubro de 2024, é um reflexo de fatores econômicos globais, como a inflação e os estímulos econômicos, além do aumento da confiança dos investidores.

Para o futuro, o Bitcoin seguirá sendo um ativo de grande interesse, tanto para aqueles que buscam diversificação em seus portfólios quanto para os entusiastas da tecnologia blockchain. A volatilidade continuará sendo uma característica do ativo, mas sua relevância no cenário financeiro global parece estar longe de diminuir.

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