Economias emergentes dominarão o mercado em 2050, revela estudo

Um estudo recente da PricewaterhouseCoopers (PwC) projeta mudanças significativas na ordem econômica global até 2050. Segundo o relatório “Visão de longo prazo: como a ordem econômica global mudará até 2050?”, seis das dez maiores economias do mundo poderão ser de mercados emergentes, inclusive países como Brasil, México, Indonésia e Índia. Essas nações estão no caminho para superar grandes potências econômicas tradicionais, como Alemanha, Japão e Reino Unido.

Projeções de crescimento para 2050

O relatório destaca que as economias emergentes têm o potencial de crescer duas vezes mais rápido do que as economias avançadas, desde que invistam de forma estratégica em infraestrutura e em melhorias institucionais. Essa previsão reforça a necessidade de planejamento a longo prazo para garantir que essas economias possam aproveitar ao máximo seu potencial de crescimento.

O estudo utiliza a métrica do Produto Interno Bruto (PIB) ajustado pela Paridade do Poder de Compra (PPP), que avalia a produtividade econômica e a qualidade de vida nas diferentes economias. A lista das dez maiores economias projetadas para 2050 traz China e Índia como líderes, com PIBs projetados de US$ 58,449 trilhões e US$ 44,128 trilhões, respectivamente. A seguir, os Estados Unidos aparecem em terceiro lugar, com um PIB de US$ 34,102 trilhões. Já o Brasil, com um PIB projetado de US$ 7,540 trilhões, se destaca como uma das principais economias emergentes.

Ranking das maiores economias projetadas para 2050:

  1. China: US$ 58,449 trilhões
  2. Índia: US$ 44,128 trilhões
  3. Estados Unidos: US$ 34,102 trilhões
  4. Indonésia: US$ 10,502 trilhões
  5. Brasil: US$ 7,540 trilhões
  6. Rússia: US$ 7,131 trilhões
  7. México: US$ 6,863 trilhões
  8. Japão: US$ 6,779 trilhões
  9. Alemanha: US$ 6,138 trilhões
  10. Reino Unido: US$ 5,369 trilhões

A relação entre produtividade e qualidade de vida

A ascensão econômica de mercados emergentes não está apenas associada ao crescimento do PIB. Um fator chave para essa evolução é o aumento da produtividade, que impulsiona o crescimento econômico e melhora os padrões de vida. Economias produtivas conseguem gerar mais bens e serviços, o que por sua vez, cria mais empregos e proporciona aumentos salariais.

Além disso, o estudo da PwC destaca que o crescimento econômico sustentável é essencial para garantir a prosperidade a longo prazo. Isso inclui a capacidade de oferecer melhores serviços públicos, como saúde, educação e transporte, essenciais para o bem-estar da população. No entanto, para que essa prosperidade seja amplamente distribuída, é necessário adotar políticas públicas que promovam a equidade social, evitando que as desigualdades econômicas se aprofundem.

Desafios para mercados emergentes

Apesar das previsões otimistas, os mercados emergentes enfrentarão uma série de desafios para concretizar seu potencial econômico até 2050. O principal obstáculo é a necessidade de investimentos robustos em infraestrutura. Estradas, ferrovias, portos e sistemas de energia são essenciais para sustentar o crescimento econômico a longo prazo. Sem essas melhorias, as economias podem se deparar com gargalos logísticos que impedem o fluxo de mercadorias e serviços, reduzindo a eficiência e o potencial de crescimento.

Outro desafio destacado no relatório é a necessidade de reformas institucionais. Governos de mercados emergentes precisam aprimorar suas instituições para garantir um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico. Isso inclui combater a corrupção, melhorar a transparência e fortalecer o Estado de Direito. Tais reformas são cruciais para atrair investimentos estrangeiros e aumentar a confiança do setor privado, fatores indispensáveis para o crescimento sustentado.

O papel da justiça social no crescimento econômico

O relatório da PwC também ressalta que o crescimento econômico precisa ser inclusivo. Economias que priorizam apenas o crescimento do PIB, sem garantir que os benefícios sejam amplamente distribuídos, correm o risco de aumentar as desigualdades sociais. O Brasil, por exemplo, já enfrenta desafios significativos relacionados à desigualdade de renda, e uma expansão econômica que não considere a justiça social pode aprofundar essas divisões.

Políticas públicas que incentivem a inclusão social, como a melhoria da educação, o aumento do acesso à saúde e a promoção da igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, são essenciais para que o crescimento econômico seja verdadeiramente transformador. O estudo sugere que o equilíbrio entre produtividade econômica e justiça social será crucial para garantir um futuro sustentável e equitativo para esses mercados emergentes.

A ascensão dos BRICS e outras potências emergentes

calendário de eventos econômico. Bolsa Foto: reprodução/canva economias
Pesquisa da PwC destaca a ascensão de mercados emergentes entre as maiores economias do mundo até 2050 e a importância de investimentos em infraestrutura e equidade social | Foto: Reprodução/Canva

A projeção da PwC reflete a ascensão dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), grupo de países que tem ganhado relevância geopolítica e econômica nas últimas décadas. Esses países juntos representam uma parcela significativa da população mundial e estão desempenhando um papel cada vez mais central no cenário global.

Além dos BRICS, outras nações emergentes, como Indonésia e México, também têm potencial para se consolidar como potências econômicas. O México, com um PIB projetado de US$ 6,863 trilhões em 2050, pode superar o Japão e o Reino Unido, economias que tradicionalmente estiveram entre as maiores do mundo.

Leia também: BRICS: China apoia a entrada do Cazaquistão no bloco dos países emergentes

O estudo da PwC oferece uma visão otimista para o futuro das economias emergentes, destacando o potencial de países como China, Índia, Brasil e México para dominar o cenário econômico global em 2050. No entanto, para que essa projeção se concretize será fundamental que esses países invistam em infraestrutura, promovam reformas institucionais e adotem políticas que garantam justiça social e inclusão econômica. A combinação de produtividade e equidade será o caminho para que esses mercados emergentes cresçam e se consolidem como líderes globais.

Atualize-se.
Receba Nossa Newsletter Semanal

Sugestões para você