O seguro-desemprego, benefício essencial para trabalhadores demitidos sem justa causa, teve seus valores reajustados em 2025. A atualização, baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aumentou o teto para R$ 2.424,11, um acréscimo de R$ 110,37 em relação ao valor anterior. O piso também foi ajustado, acompanhando o novo salário mínimo de R$ 1.518.
Este reajuste já está em vigor e afeta tanto os trabalhadores que já estão recebendo o benefício quanto aqueles que ainda irão solicitar.
Como funciona o cálculo do seguro-desemprego?
O cálculo do benefício varia conforme a média salarial dos últimos três meses trabalhados. Após o reajuste, as faixas salariais para cálculo das parcelas ficaram assim:
- Até R$ 2.138,76: o valor da parcela será 80% da média salarial ou o salário mínimo, prevalecendo o maior valor.
- De R$ 2.138,77 a R$ 3.564,96: será pago 50% sobre o que exceder R$ 2.138,76, acrescido de R$ 1.711,01.
- Acima de R$ 3.564,96: o trabalhador receberá o teto fixo de R$ 2.424,11.
Além disso, o número de parcelas do seguro-desemprego pode variar entre três, quatro ou cinco, dependendo do tempo de trabalho no emprego anterior e do histórico de solicitações do benefício.
Quem tem direito ao seguro-desemprego?
O benefício é direcionado a trabalhadores com carteira assinada dispensados sem justa causa. Para ter acesso, o cidadão deve atender aos seguintes critérios:
- Estar desempregado no momento do pedido;
- Não possuir renda própria suficiente para sustentar a si e sua família;
- Não estar recebendo outro benefício da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.
Para quem trabalha com pessoa jurídica ou física equiparada à jurídica, há exigências específicas quanto ao tempo de serviço:
- Primeiro pedido: pelo menos 12 meses trabalhados nos últimos 18 meses.
- Segundo pedido: pelo menos 9 meses trabalhados nos últimos 12 meses.
- Demais pedidos: ao menos 6 meses trabalhados imediatamente antes da dispensa.
O prazo para solicitar o benefício é de 7 a 120 dias após a demissão para trabalhadores formais e de 7 a 90 dias para empregados domésticos.
Como solicitar o seguro-desemprego?
O trabalhador pode fazer o pedido pelo Portal Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego. O processo é simples e requer documentos como o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, RG, CPF e carteira de trabalho.
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A importância do seguro-desemprego na economia
O seguro-desemprego não é apenas um apoio ao trabalhador, mas também um mecanismo de sustentação econômica. Ele assegura que pessoas recém-demitidas tenham condições financeiras para se manter enquanto buscam uma recolocação no mercado de trabalho.
Esse reajuste de 4,77% reflete o compromisso em ajustar o benefício à inflação e preservar o poder de compra dos trabalhadores. Além disso, o aumento no piso, alinhado ao novo salário mínimo, contribui para uma base de apoio mais sólida aos trabalhadores de baixa renda.
Dicas para aproveitar melhor o benefício
- Planeje seus gastos: o seguro-desemprego é temporário, então use-o de forma consciente para cobrir despesas essenciais.
- Reforce a poupança: se possível, reserve parte do valor para emergências.
- Invista na qualificação: aproveite esse período para se atualizar ou adquirir novas habilidades, aumentando suas chances de recolocação no mercado.
O reajuste no seguro-desemprego é um alívio importante para trabalhadores em momentos de transição, mas é essencial utilizá-lo com planejamento. Além disso, é fundamental conhecer seus direitos para garantir o recebimento correto do benefício.
Se você atende aos requisitos para solicitar o seguro-desemprego, não deixe de fazer sua solicitação dentro do prazo. Mais informações podem ser acessadas no site oficial do Ministério do Trabalho e Emprego.