Pagamento de boleto por Pix começa nesta segunda-feira, 3 de fevereiro

A partir desta segunda-feira, 3 de fevereiro, entrará em vigor a nova resolução do Banco Central (BC) que tem como objetivo trazer inovações importantes para o mercado financeiro brasileiro. A principal medida anunciada pelo BC permite o pagamento de boletos por meio do Pix, o sistema de transferências instantâneas da instituição. 

Pagamento de boleto por Pix começa segunda-feira. Reprodução/Canva
Essa modalidade, que ganhou o apelido de “bolepix”, oferece mais agilidade, praticidade e segurança no pagamento dos boletos | Foto: Reprodução/Canva

Como funcionará o pagamento de boletos por meio do pix?

A nova resolução estabelece normas para permitir que o Pix seja uma opção de forma de pagamento em boletos. Com essa resolução, o pagamento dos boletos poderá ser realizado por meio de um QR code, que será inserido diretamente no próprio boleto, simplificando o processo de pagamento para os consumidores.

De acordo com o Banco Central, essa integração traz ao boleto tradicional a agilidade e a conveniência que são as principais características do Pix.

Dessa forma, além de facilitar o pagamento, essa mudança também será essencial para padronizar as operações, definindo responsabilidades claras para todos os participantes do sistema financeiro. 

Apesar de algumas instituições já oferecerem essa opção de forma experimental, a nova norma cria condições, para que o recurso seja amplamente adotado em todo o país, permitindo que todos os brasileiros possam pagar boletos utilizando o Pix.

Boleto dinâmico: mais concorrência e segurança para os brasileiros

Outro destaque da resolução é a criação do chamado “boleto dinâmico”. Modalidade que permite maior flexibilidade e segurança na negociação de títulos de crédito, como duplicatas escriturais. Com essa inovação, as empresas que utilizam boletos para receber pagamentos mensais, poderão antecipar os valores, facilitando o recebimento dos valores.

Isso porque, atualmente, muitas empresas enfrentam dificuldades para trocar a instituição financeira emissora do boleto ao buscar a antecipação dos valores, o que pode resultar em taxas de juros elevadas. Por exemplo, se um banco X realizou a emissão do boleto, as empresas encontram dificuldades para fazer a troca para uma instituição Y, no momento de antecipar o recebimento dos valores.

O boleto dinâmico permitirá que essas duplicatas sejam registradas em plataformas supervisionadas pelo Banco Central, possibilitando que as empresas realizem leilões entre diferentes instituições financeiras para obter as melhores condições de juros.

Segurança para pagadores e credores

A nova solução também busca garantir que os pagamentos sejam direcionados aos credores legítimos. O que proporciona maior segurança tanto para quem paga quanto para as instituições financeiras que liberam recursos das antecipações. 

Com a utilização do boleto dinâmico, os valores serão transferidos diretamente à instituição financeira responsável pela operação, eliminando intermediários, trazendo mais facilidade e segurança para as transações.

Conheça mais sobre os benefícios para o sistema financeiro

Segundo o Banco Central, o mercado de antecipação de recebíveis é trilionário, movimentando aproximadamente R$ 10 trilhões por ano em vendas a prazo. A digitalização dessas transações e a criação do boleto dinâmico representam um grande avanço para o sistema financeiro, promovendo maior concorrência, transparência e segurança.

Além disso, a resolução prevê a implementação de um modelo tarifário que leve em consideração aspectos de isonomia, transparência e fundamentação econômica, evitando práticas que prejudiquem a concorrência.

Perspectivas futuras

A implantação completa do sistema de boletos dinâmicos está prevista para ocorrer até o segundo semestre de 2026, dependendo da aprovação dos sistemas de escrituração e registro dos títulos pelo Banco Central. Esse prazo permitirá a realização de testes e ajustes necessários para garantir a eficiência e a segurança das operações.

Com essas mudanças, o Banco Central busca modernizar o sistema financeiro e fomentar a concorrência entre as instituições financeiras, beneficiando os consumidores e as empresas, com mais opções e condições financeiras favoráveis.

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