A maior festa popular do Brasil promete injetar um volume recorde de dinheiro na economia paulista neste ano. Segundo a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), a movimentação financeira no estado durante o Carnaval 2025 deve alcançar R$ 6,4 bilhões, impulsionada pelo turismo e pela alta taxa de ocupação hoteleira.
Impacto econômico e fluxo de turistas
O levantamento do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET) aponta que cerca de 4,5 milhões de pessoas devem circular pelo estado durante o período carnavalesco, que se estende do pré-Carnaval, em 22 de fevereiro, até o pós-Carnaval, em 9 de março. Esse fluxo representa um dos maiores registros da história recente, refletindo o crescente interesse por São Paulo como destino turístico durante a festividade.
O impacto financeiro será sentido em diversos setores, como hotelaria, transporte, alimentação, entretenimento e comércio. A expectativa é que os hotéis do estado alcancem uma taxa média de ocupação de 73%, com destaque para os municípios litorâneos, como Caraguatatuba, Baixada Santista e Itanhaém, que devem atingir lotação máxima, recebendo cerca de 300 mil foliões.
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Turismo e sustentabilidade
Além do crescimento econômico, a pesquisa também analisou como os municípios turísticos estão lidando com o aumento da demanda, especialmente no que se refere à sustentabilidade. De acordo com os dados da Setur-SP, 77% das cidades com forte apelo turístico já implementaram estratégias para um Carnaval mais sustentável, incluindo descarte adequado de resíduos, uso consciente de recursos naturais e proteção da biodiversidade.
O compromisso com a sustentabilidade é um ponto fundamental para garantir que o turismo de grande porte não prejudique o meio ambiente e a infraestrutura das cidades. Medidas como ampliação da coleta seletiva, campanhas educativas e controle da poluição sonora são algumas das iniciativas adotadas para minimizar impactos negativos.
Expectativa para a economia local
O Carnaval de São Paulo não se resume apenas aos desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi. A festa de rua tem ganhado cada vez mais força, com blocos de diferentes estilos atraindo milhares de foliões para as ruas da capital e do interior. Esse movimento gera emprego e renda para diversos segmentos, incluindo ambulantes, artistas e pequenos empreendedores.
O comércio local também se beneficia da alta circulação de turistas. Restaurantes, bares e lojas especializadas em fantasias e acessórios costumam registrar um aumento expressivo nas vendas. De acordo com estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o faturamento desses estabelecimentos pode crescer até 30% no período carnavalesco.
Desafios e planejamento urbano
Com o crescimento da festa, surgem desafios para a gestão pública. A infraestrutura das cidades precisa estar preparada para receber o grande volume de turistas, evitando transtornos como congestionamentos, excesso de resíduos e falta de segurança. Nesse sentido, prefeituras e órgãos estaduais têm reforçado o planejamento urbano para garantir que o Carnaval ocorra de forma organizada e segura.
Medidas como o aumento do efetivo policial, ampliação do transporte público e instalação de pontos de atendimento médico emergencial estão entre as ações adotadas para garantir o bem-estar dos foliões. Além disso, campanhas educativas sobre consumo consciente de álcool e respeito às normas de convivência são promovidas para evitar incidentes.
Com uma expectativa de movimentação financeira recorde e um número crescente de turistas, o Carnaval 2025 em São Paulo se firma como um evento de grande relevância para a economia e o turismo do estado. Além de impulsionar diversos setores, a festividade também traz desafios para a infraestrutura e o planejamento urbano, exigindo ações coordenadas para garantir que o impacto seja positivo para todos os envolvidos.
