Sudeste e Centro-Oeste batem recorde de consumo de energia devido ao calor

A recente onda de calor que atinge o Brasil tem impactado diretamente o consumo de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Na última segunda-feira, 17 de fevereiro, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde de demanda média por carga, alcançando 54.599 MWmed. Esse valor superou em 1,1% o recorde anterior de 53.997 MWmed (que significa megawatt médio, uma unidade de medida de energia elétrica, registrado em 22 de janeiro.

O recorde registrado pelo ONS reflete o aumento do consumo durante períodos de calor intenso, destacando a relação entre condições climáticas extremas e o setor energético | Foto: Reprodução/Canva

demanda
O recorde registrado pelo ONS reflete o aumento do consumo durante períodos de calor intenso, destacando a relação entre condições climáticas extremas e o setor energético | Foto: Reprodução/Canva

Onda de calor impacta o consumo de energia

A terceira onda de calor de 2025 está afetando diretamente os estados do Sudeste e Centro-Oeste, incluindo São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno pode se estender para Goiás e Bahia.

O aumento das temperaturas tem levado ao uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, gerando um crescimento expressivo na demanda por energia elétrica.

De acordo com o ONS, a demanda média nas regiões atingiu 54.599 MWmed na última segunda-feira (16), estabelecendo um novo recorde em menos de 30 dias. Este valor é 1,1% maior do que o registrado em 22 de janeiro, quando a carga atingiu 53.997 MWmed.

Leia também: Preço dos ovos segue alto e deve se manter até abril

O ONS explicou que o comportamento da carga elétrica é diretamente impactado pelas condições climáticas. Durante períodos de calor intenso, o consumo de energia aumenta significativamente devido ao uso de equipamentos de climatização.

A relação entre calor e consumo de energia

O consumo de energia no Brasil é diretamente afetado por condições climáticas extremas. Durante ondas de calor, o aumento do uso de ar-condicionado e ventiladores leva a picos na demanda de eletricidade. Esse cenário é especialmente notável em regiões como o Sudeste e Centro-Oeste, onde há uma alta concentração populacional e grande atividade econômica.

A primeira onda de calor de 2025 ocorreu no Rio Grande do Sul, entre os dias 17 e 23 de janeiro. Já a segunda onda trouxe um aviso vermelho de grande perigo emitido pelo Inmet entre os dias 2 e 12 de fevereiro para o estado gaúcho e partes de Santa Catarina e Paraná.

No Sudeste e Centro-Oeste, as altas temperaturas têm se prolongado, elevando a necessidade de resfriamento de ambientes. Esse comportamento gera um aumento significativo na demanda por energia elétrica.

Impactos econômicos e desafios para o setor elétrico

O aumento da demanda por energia devido às ondas de calor traz desafios para o setor elétrico, que precisa garantir o fornecimento de eletricidade de forma estável. Com o crescimento no consumo, há também um impacto econômico, já que o custo da energia pode subir em decorrência da necessidade de acionamento de usinas térmicas para suprir a demanda.

Além disso, o aumento no consumo pode pressionar a infraestrutura elétrica, aumentando o risco de apagões. Isso exige que as distribuidoras adotem medidas preventivas para garantir a estabilidade do sistema.

A situação é particularmente crítica no Sudeste e Centro-Oeste, que representam grande parte do consumo energético do país. Em resposta a esses desafios, o ONS continua monitorando a demanda e ajustando a operação do sistema para evitar sobrecargas.

O que esperar para os próximos meses

Com o avanço do verão e a possibilidade de novas ondas de calor, espera-se que a demanda por energia continue alta. O Inmet prevê que as altas temperaturas possam se estender para outros estados, o que pode resultar em novos recordes de consumo.

O setor elétrico brasileiro deverá continuar se adaptando às mudanças climáticas, investindo em infraestrutura e fontes de energia renovável para atender ao aumento da demanda.

A necessidade de modernização do sistema elétrico, incluindo a ampliação de fontes de energia solar e eólica, é fundamental para garantir a estabilidade e sustentabilidade do fornecimento de eletricidade no país.

A onda de calor que afeta o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil tem impacto direto na demanda por energia elétrica. O recorde registrado pelo ONS reflete o aumento do consumo durante períodos de calor intenso, destacando a relação entre condições climáticas extremas e o setor energético.

Esse cenário reforça a necessidade de planejamento estratégico para o setor elétrico, que deve se preparar para desafios futuros em meio às mudanças climáticas e ao crescimento da demanda por eletricidade.

Com a previsão de novas ondas de calor e o avanço do verão, o consumo de energia tende a se manter elevado, exigindo atenção e investimentos contínuos na infraestrutura elétrica do Brasil.

Atualize-se.
Receba Nossa Newsletter Semanal

Sugestões para você