Os acidentes aéreos são tragédias raras, mas quando ocorrem, o impacto nas vidas das vítimas e de seus familiares é devastador. Em meio a esse cenário, o seguro de vida surge como uma ferramenta fundamental para amparar financeiramente as famílias das vítimas.
No entanto, muitos não compreendem totalmente como funcionam em casos de acidentes aéreos, especialmente quando há diferentes tipos de coberturas envolvidas.
Seguros envolvidos em acidentes aéreos
Existem dois tipos principais de seguros que podem ser acionados em casos de acidentes aéreos: o de vida contratado pelo passageiro e o obrigatório contratado pela empresa de aviação. Cada um deles possui características específicas e objetivos distintos.
O seguro de vida contratado pelo passageiro é uma apólice pessoal que cobre os riscos de morte ou invalidez em decorrência de diversos eventos, incluindo acidentes aéreos. Ele garante o pagamento de uma indenização para os beneficiários do segurado, conforme o valor estipulado na apólice.
Esse é acionado independentemente de outros seguros que possam ser aplicáveis ao caso, como o obrigatório da empresa de aviação.
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Já o seguro obrigatório contratado pela empresa de aviação é regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e destina-se a proteger os passageiros em caso de acidentes. Esse cobre danos corporais, materiais e morais decorrentes do acidente, e deve ser acionado diretamente pela companhia aérea ou seus representantes legais.
O corretor Fabiano Benjamin, da Corretora Guarde Seguros, explicou que em ambos, o passageiro tem direito a receber a indenização. E ainda possui o seguro Reta, que garante proteção contra os riscos de morte, invalidez permanente (parcial ou total), incapacidade temporária, assistência médica, despesas suplementares e danos materiais.
Diferenças entre eles
“O seguro de vida é contratado sem relação com o vôo, afinal ele não tem relação com a viagem e o contratante, tem direito ao valor pré-estabelecido por diferentes motivos, incluindo acidentes aéreos. E existe o seguro RETA (contratado pela empresa) que garante o interesse do segurado, quando este for responsabilizado por danos causados a terceiros e obrigado a indenizá-los, a título de reparação, por decisão judicial ou decisão em juízo arbitral, ou por acordo com os terceiros prejudicados, mediante a anuência da seguradora, atendidas as disposições do contrato”, explica Fabiano.
O processo de acionamento e pagamento
Outro ponto essencial é o processo de acionamento e pagamento das indenizações em casos de acidentes aéreos. Tanto o de vida do passageiro quanto o obrigatório da empresa de aviação têm etapas específicas para que os beneficiários possam receber as indenizações.
O seguro de vida pessoal, por exemplo, costuma exigir que os familiares apresentem documentos como a certidão de óbito, boletim de ocorrência e outros comprovantes para que a seguradora inicie o processo de pagamento.
Já no caso do seguro obrigatório, a companhia aérea ou seus representantes legais são responsáveis por acionar a seguradora e garantir que os direitos dos passageiros sejam cumpridos. O corretor destaca que a agilidade nesse processo é crucial, pois o processo é complexo.
Importância de entender o funcionamento dos seguros
Entender o funcionamento em casos de acidentes aéreos é fundamental para garantir que os direitos dos passageiros e suas famílias sejam respeitados. Conhecer as diferenças entre os dois serviços podem fazer toda a diferença na hora de buscar a devida indenização.
Por isso, é recomendável que passageiros considerem a contratação de um seguro de vida independente da situação e em casos de viagens, procurar um novo suporte como forma de proteger ainda mais seus entes queridos em situações imprevistas.