Como a geração Z lida com dinheiro e economia?

Nos últimos anos, a geração Z tem se destacado por sua abordagem inovadora e consciente em relação ao dinheiro. Nascidos entre meados da década de 1990 e o início de 2010, esses jovens cresceram em um ambiente altamente digitalizado e com acesso a informações que influenciam diretamente suas decisões financeiras.

Ao contrário de gerações anteriores, que enfrentaram crises econômicas sem o mesmo nível de recursos tecnológicos, a geração Z demonstra um comportamento mais consciente em relação ao consumo e ao planejamento financeiro.

Geração Z e a economia digital

A economia digital tem moldado a forma como os jovens da geração Z lidam com suas finanças. Eles estão familiarizados com aplicativos bancários, carteiras digitais e plataformas de investimentos acessíveis, o que lhes permite maior controle sobre seus recursos financeiros. Um exemplo claro desse cenário é o aumento no número de jovens que utilizam ferramentas de investimento desde cedo para comprar ações, criptomoedas ou investir em fundos.

Luccas, de 16 anos, reflete essa nova mentalidade. Em uma entrevista, ele revelou que economiza mensalmente desde os 12 anos e investe o dinheiro que guarda. “Meu objetivo é conseguir minha liberdade financeira”, afirma. Esse desejo de independência financeira, tão jovem, destaca um padrão cada vez mais comum entre a geração Z.

O impacto do consumo consciente

Essa geração também adota um comportamento de consumo consciente, dando prioridade a qualidade, durabilidade e valores éticos das marcas. De acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte, 64% dos jovens da geração Z priorizam o valor social de uma marca, enquanto 50% afirmam estar dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis. Esse comportamento reflete uma visão de longo prazo em relação ao dinheiro, focada em preservar recursos e fazer escolhas que tenham impacto positivo no futuro.

Gráficos que comparam o comportamento de consumo entre a geração Z e as gerações anteriores mostram que os jovens são mais cautelosos com o crédito e evitam o acúmulo de dívidas. A preferência por pagamentos à vista ou com débito também demonstra uma maior consciência em evitar juros e parcelamentos.

Dados financeiros e gráficos

Em termos de economia, a geração Z já mostra que não quer cometer os mesmos erros das gerações passadas. Dados de um levantamento feito pelo Global Financial Literacy Excellence Center (GFLEC) mostram que apenas 24% dos jovens da geração Z possuem dívidas significativas, enquanto o percentual para a geração Y (millennials) é de 39%. Esse cenário reflete uma busca maior por conhecimento e controle financeiro, com foco em evitar endividamentos e se preparar para o futuro.

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Além disso, dados do Banco Central apontam que o número de jovens entre 18 e 24 anos com contas em corretoras de investimentos cresceu 40% entre 2020 e 2023. Esse dado reflete uma mentalidade mais voltada para a geração de patrimônio e independência financeira desde cedo, o que impacta diretamente suas escolhas de consumo.

A importância da educação financeira

O planejamento financeiro é um dos principais pilares dessa nova abordagem. Muitos jovens, como Luccas, têm investido seu dinheiro, mesmo que em pequenas quantias. “Eu comecei a economizar todo mês, desde os meus 12 anos, mas sempre soube poupar meu dinheiro”, afirma. Luccas já guarda um valor considerável e acredita que seu planejamento financeiro terá um impacto direto em seu futuro. “Se eu continuar com essa mentalidade, conseguirei concluir meu objetivo e, consequentemente, mudar o meu futuro”, explica.

Essa atitude reflete a crescente conscientização da importância da educação financeira entre os jovens, algo que tem se tornado mais comum nas últimas décadas. No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados. A falta de educação financeira formal nas escolas impede que muitos jovens tenham acesso às ferramentas necessárias para gerenciar suas finanças com eficácia.

Luccas observa que, embora tenha conseguido economizar, a maioria dos seus amigos não segue a mesma linha de raciocínio. “A grande maioria dos meus amigos não se planejam para guardar e não pensam em como poupar dinheiro”, disse.

Dicas para os jovens que desejam economizar

Para os jovens que desejam iniciar seu planejamento financeiro, Luccas dá uma dica simples, mas valiosa: “Se planejem financeiramente para o futuro e invistam seu dinheiro, nem que seja só 20 reais”. Esse conselho é um reflexo da mentalidade da geração Z que enxerga o investimento e a economia como passos fundamentais para alcançar a tão desejada independência financeira.

A geração Z tem lidado com o dinheiro de maneira mais consciente e planejada, utilizando a tecnologia a seu favor e buscando conhecimento financeiro desde cedo. Com exemplos como o de Luccas, é possível ver uma juventude que não só entende a importância do planejamento, mas também está disposta a abrir mão do consumo imediato em prol de uma segurança financeira futura.

No entanto, a educação financeira formal ainda precisa se tornar mais acessível para que mais jovens possam se beneficiar desse tipo de mentalidade. Afinal, como demonstrado por dados e gráficos, uma abordagem precoce e consciente em relação ao dinheiro pode fazer toda a diferença no futuro financeiro dessa geração.

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