Royalties: plataforma transforma clássicos do sertanejo e forró em investimento

Nos últimos anos, o mercado financeiro tem se expandido para incluir novas formas de investimento, e um dos exemplos mais inovadores é a compra de royalties musicais. A plataforma Hurst Capital tem se destacado ao transformar canções de sucesso, especialmente no sertanejo e no forró, em ativos financeiros. Isso significa que, agora, músicas gravadas por artistas populares como Bruno e Marrone, Simone e Simaria, Wesley Safadão e Gusttavo Lima podem ser adquiridas como investimento, oferecendo uma nova forma de retorno financeiro.

O que são royalties musicais?

O investimento em royalties musicais é uma oportunidade inovadora para quem busca diversificar sua carteira de investimentos | Foto: Reprodução/Canva
O investimento em royalties musicais é uma oportunidade inovadora para quem busca diversificar sua carteira de investimentos | Foto: Reprodução/Canva

Royalties são pagamentos realizados a pessoas ou empresas que possuem direitos autorais sobre um bem ou conteúdo, neste caso, músicas. Sempre que uma canção é tocada em plataformas de streaming, rádio, shows ou mesmo em eventos, os compositores, intérpretes e produtores envolvidos recebem uma quantia correspondente ao uso da obra. A Hurst Capital viu nesse modelo de remuneração uma oportunidade para transformar os royalties em uma opção de investimento para o público.

Os investidores que compram uma fração dos direitos autorais de músicas passam a receber uma parte proporcional dos royalties gerados por essas canções, dependendo de sua popularidade e execução. Esse modelo, que já foi utilizado com canções da dupla Maiara e Maraisa, agora inclui obras de compositores renomados, como Jujuba, responsável por hits de Wesley Safadão e Gusttavo Lima.

Como funciona o investimento em royalties musicais?

O funcionamento é simples: a plataforma permite que investidores adquiram frações de royalties de músicas populares. No caso do compositor Jujuba (nome artístico de Juarez Pires de Moura Neto), o catálogo de sucessos disponível inclui músicas como “Solteiro Não Trai”, “Que Pena Que Acabou” e “Você Beberia ou Não Beberia?”.

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Para entrar no investimento, é necessário fazer um aporte mínimo de R$ 10 mil, valor que pode ser fracionado e revendido posteriormente no mercado secundário da própria plataforma. Os investidores recebem mensalmente um retorno proporcional aos royalties gerados pelas músicas. No entanto, esse retorno depende diretamente do desempenho das canções no mercado e de sua popularidade contínua.

A principal vantagem para o artista é a antecipação do valor dos royalties, o que permite novos investimentos em projetos futuros. Já para o investidor, há o potencial de ganhos financeiros com base nas receitas geradas pelas execuções das músicas ao longo de um período que, no caso de Jujuba, será de até 360 meses.

Tokenização e blockchain: como a tecnologia facilita o processo

A Hurst Capital utiliza a tecnologia blockchain para tokenizar os royalties musicais, ou seja, transformar esses direitos autorais em tokens digitais. Esses tokens funcionam como certificados digitais que garantem ao investidor o direito sobre uma fração dos royalties da música. Com isso, os tokens podem ser comprados e vendidos na plataforma da Hurst, permitindo maior liquidez ao investimento.

A tecnologia blockchain, amplamente usada em criptomoedas, como o bitcoin, oferece segurança nas transações, além de transparência e rastreabilidade, garantindo que as frações de royalties sejam devidamente distribuídas aos investidores. O uso dessa tecnologia também permite que a Hurst Capital ofereça outros tipos de investimentos, como ativos judiciais e imobiliários.

Retornos e riscos do investimento em royalties

A projeção de retorno para o catálogo de Jujuba é de 19,81% ao ano, o que pode ser considerado um valor atrativo. Porém, é importante lembrar que o mercado de música é volátil e sujeito a mudanças de tendências e tecnologias. O sucesso de um artista pode variar, assim como a popularidade de suas canções, impactando diretamente os rendimentos do investidor.

Por exemplo, o compositor Cecílio Nena, criador de músicas famosas como “Temporal do Amor” e “Anarriê”, já teve operações encerradas na Hurst Capital com retornos de 32,80% e 33,84% ao ano. Embora esses resultados sejam promissores, não garantem que futuros investimentos terão o mesmo desempenho.

Outros riscos incluem problemas operacionais enfrentados pelos intermediários que administram os direitos autorais e possíveis mudanças nas regulamentações de direitos autorais, que podem alterar a forma como os royalties são pagos. Além disso, sair do investimento pode ser complicado, já que a revenda dos tokens depende do mercado secundário e da disposição de compradores.

Expansão do mercado de royalties no Brasil

A venda de royalties musicais no Brasil tem ganhado força nos últimos anos. Desde 2020, a Hurst Capital tem promovido operações com catálogos de diversos artistas. Um dos primeiros negócios da empresa envolveu o pianista e compositor João Luiz de Avellar, seguido de outros grandes nomes da música.

Em 2024, a empresa fechou parcerias com artistas como o empresário Boni, Moacyr Franco, o compositor Kadu Martins e a dupla Maiara e Maraisa. Também houve a entrada de um catálogo internacional em colaboração com a empresa americana ANote Music, que incluiu músicas de artistas como Beyoncé e Justin Bieber.

Royalties como nova forma de diversificação

O investimento em royalties musicais é uma oportunidade inovadora para quem busca diversificar sua carteira de investimentos. Com a possibilidade de obter retornos estáveis e previsíveis, este tipo de aplicação pode ser interessante para investidores com apetite por risco moderado e que desejam participar de um mercado em crescimento.

No entanto, é crucial estar ciente dos riscos envolvidos, como a volatilidade do mercado musical e as possíveis dificuldades na revenda de frações de royalties. Com a crescente adoção da tokenização e da tecnologia blockchain, esse mercado deve continuar a se expandir, oferecendo novas oportunidades para artistas e investidores.

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