Medir a inteligência de uma população é uma tarefa extremamente complexa, pois envolve uma série de variáveis que vão além de simples testes de QI. No entanto, isso não impede que diversas tentativas de análise sejam feitas.
O estudo da World of Card Games, uma plataforma online de jogos de cartas que permite disputas entre jogadores reais ou contra inteligência artificial, é uma dessas tentativas, com a proposta de ranquear os países mais inteligentes do mundo.
Este ranking não se baseia apenas em uma única métrica, mas sim em uma combinação de fatores que são considerados indicativos de inteligência, como o QI médio da população, o número de indicações e prêmios Nobel recebidos, o nível de educação da população e a qualidade das universidades.
A metodologia
Antes de analisarmos o ranking, é importante entender como a pesquisa foi feita. A World of Card Games reuniu dados de fontes confiáveis, como a Organização do Prêmio Nobel, o World Population Review, o Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido e o Departamento de Censo dos Estados Unidos.
A partir dessas informações, foram escolhidos vários critérios para medir a “inteligência” de um país. Os principais foram:
- Número de indicados ao Prêmio Nobel : mostra a contribuição do país para áreas como ciência e tecnologia.
- Número de universidades indicadas ao Prêmio Nobel : indica a qualidade do ensino superior no país.
- QI médio da população : cálculo com base na escala Lynn-Becker, uma das mais reconhecidas nesse tipo de estudo.
- Percentual de adultos com diploma universitário : reflete o nível de educação da população.
- Percentual de adultos com título de mestre ou superior : mostra o grau de especialização educacional.
Cada país recebeu uma pontuação de 0 a 100 em cada categoria, sendo que 100 representava o melhor desempenho possível. O Smart Capital Score , que é a nota final do país, foi calculado com base na média ponderada desses indicadores, dando mais peso à periodicidade ao Prêmio Nobel e ao nível educacional.
Europa domina o ranking
A maioria dos países mais bem colocados no ranking são europeus. Os Estados Unidos são a única exceção, ocupando o terceiro lugar com uma pontuação de 89,18.
O Reino Unido está em segundo lugar, com 89,40 pontos. Mesmo que os EUA tenham o maior número de prescrição ao Prêmio Nobel (5.717), o Reino Unido se sobressai no QI médio (99,12 contra 97,43) e na porcentagem de pessoas com ensino superior, garantindo uma melhor posição no ranking.
Os EUA também lideraram o número de universidades indicadas ao Nobel, com 256 instituições. O Reino Unido, com 128, também tem um bom desempenho, mostrando que ambos os países possuem universidades e pesquisas científicas altamente respeitadas.
1 – Suíça
A Suíça ocupa o primeiro lugar no ranking com uma pontuação de 92,02. O país conta com 1.099 periódicos ao Prêmio Nobel e 32 universidades indicadas para essa premiação. Seu QI médio é de 99,24. Além disso, 40,02% da população adulta possui diploma de bacharelado ou equivalente, e 18,05% tem título de mestre ou equivalente.
2 – Reino Unido
O Reino Unido alcança uma pontuação de 89,40. São 2.393 periódicos ao Prêmio Nobel e 128 universidades reconhecidas pela premiação. O QI médio no país é de 99,12. Quanto à formação acadêmica, 39,59% da população adulta possui diploma de bacharelado ou equivalente, enquanto 14,37% possui título de mestre ou equivalente.
3 – Estados Unidos
Os Estados Unidos aparecem na terceira posição, com uma pontuação de 89,18. O país registra 5.717 restrições ao Prêmio Nobel e 256 universidades relacionadas ao prêmio. Seu QI médio é de 97,43. Em termos de escolaridade, 38,57% da população adulta possui diploma de bacharelado ou equivalente, e 14,79% possui título de mestre ou equivalente.
4 – Países Baixos
Os Países Baixos ocupam a quarta colocação, com uma pontuação de 87,30. O país conta com 550 periodicidade ao Prêmio Nobel e 21 universidades indicadas à premiação. Seu QI médio é de 100,74. Além disso, 36,63% da população adulta possui diploma de bacharelado ou equivalente, e 15,56% possui título de mestre ou equivalente.
5 – Bélgica
A Bélgica está em quinto lugar no ranking, com uma pontuação de 86,58. O país soma 495 recomendações ao Prêmio Nobel e 23 universidades indicadas à premiação. Seu QI médio é de 97,49. No quesito educação, 39,39% da população adulta tem diploma de bacharelado ou equivalente, e 17,28% tem título de mestre ou equivalente.
6 – Suécia
A Suécia ocupa a sexta posição, com uma pontuação de 85,62. O país tem 834 restrições ao Prêmio Nobel e 34 universidades reconhecidas pelo prêmio. O QI médio no país é de 97,00. Em relação à formação acadêmica, 33,69% da população adulta possui diploma de bacharelado ou equivalente, enquanto 16,18% tem título de mestre ou equivalente.
7 – Alemanha
A Alemanha aparece em sétimo lugar, com uma pontuação de 85,40. O país registra 3.653 candidatos ao Prêmio Nobel e 150 universidades associadas à premiação. Seu QI médio é de 100,74. Na educação, 29,21% da população adulta tem diploma de bacharelado ou equivalente, e 12,28% possui título de mestre ou equivalente.
8 – Polônia
A Polônia ocupa a oitava posição no ranking, com uma pontuação de 80,70. O país tem 284 candidatos ao Prêmio Nobel e 17 universidades indicadas à premiação. Seu QI médio é de 96,35. Além disso, 28,65% da população adulta possui diploma de bacharelado ou equivalente, enquanto 22,31% tem título de mestre ou equivalente.
9 – Dinamarca
A Dinamarca regista uma pontuação de 80,46. O país soma 503 limita ao Prêmio Nobel e 20 universidades conhecidas pela premiação. Seu QI médio é de 97,83. No quesito educação, 32,73% da população adulta tem diploma de bacharelado ou equivalente, e 13,28% possui título de mestre ou equivalente.
10 – Finlândia
Fechando o ranking, a Finlândia aparece na décima posição, com uma pontuação de 80,24. O país conta com 198 periodicidade ao Prêmio Nobel e 16 universidades indicadas ao prêmio. Seu QI médio é de 101,20. Em relação à formação acadêmica, 28,80% da população adulta possui diploma de bacharelado ou equivalente, enquanto 14,43% possui título de mestre ou equivalente.
Inteligência vai além de números
Esse estudo deixa claro que a inteligência não se resume a testes de QI ou prêmios. Como disse Marc Kastner, presidente da Science Philanthropy Alliance, os Prêmios Nobel refletem conquistas do passado e não mostram toda a complexidade da inteligência humana.
A inteligência de um país depende de vários fatores, como cultura, liberdade de pensamento, acesso à educação e capacidade de inovação. Esses elementos ajudam a desenvolver habilidades cognitivas e impulsionar o progresso.
O ranking dos países mais inteligentes é um ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre o que realmente torna uma sociedade inteligente.
Como o estudo foi feito
O estudo da World of Card Games utilizou dados de fontes confiáveis, como a Organização do Prêmio Nobel, World Population Review e o Banco Mundial. Cada país foi avaliado com base em vários critérios, e a pontuação final refletiu seus pontos fortes e fracos em relação a esses indicadores.
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