O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que serve como uma prévia da inflação oficial, apresentou uma taxa de 0,19% em agosto de 2024. Esse resultado representa uma queda em relação às taxas observadas nos meses anteriores, sendo inferior à prévia de julho (0,30%) e à de agosto do ano passado (0,28%).
Acumulado da inflação em 12 meses
Com o resultado de agosto, a inflação acumulada em 2024 chegou a 3,02%. Nos últimos 12 meses, a taxa acumulada foi de 4,35%, uma redução em comparação aos 4,45% registrados no período anterior, de agosto de 2023 a julho de 2024. Essa desaceleração é vista como um sinal positivo para a economia, indicando um controle maior sobre a inflação.
Leia também: Governo confirma alíquota de 27,97% com reforma tributária
Impacto dos transportes e alimentos
Dos nove grupos de despesas analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), oito registraram aumento de preços. O setor de transportes teve o maior impacto na inflação de agosto, com uma alta de 0,83%. Os aumentos significativos em itens como gasolina (3,33%), combustíveis (3,47%) e etanol (5,81%) foram os principais responsáveis por esse aumento.
Em contraste, a única categoria com deflação foi a de alimentos, que apresentou uma queda de 0,8%, semelhante ao mês anterior. Os principais itens que contribuíram para essa deflação foram o tomate (-26,59%), a batata-inglesa (-13,13%) e a cebola (-11,22%). No entanto, a refeição fora de casa teve uma inflação de 0,49%, compensando parcialmente a queda nos alimentos.
Outras categorias de despesa
Os outros grupos de despesas mostraram as seguintes taxas de inflação: educação (0,75%), artigos de residência (0,71%), despesas pessoais (0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,27%), habitação (0,18%), comunicação (0,09%) e vestuário (0,09%). Essas variações refletem o impacto das mudanças nos preços de bens e serviços essenciais no cotidiano dos consumidores.
Perspectivas para o futuro
A redução na taxa de inflação para 0,19% em agosto pode indicar uma tendência de estabilização nos preços, oferecendo alívio para o bolso dos consumidores. Com a inflação acumulada em 3,02% no ano, o controle dos preços se mostra mais eficiente, embora a alta nos transportes e a variação nos alimentos continuem sendo áreas de atenção para economistas e formuladores de políticas.