Voto nulo e branco: entenda as diferenças e o impacto

Durante as eleições, muitos eleitores ainda se confundem com os conceitos de voto nulo e branco. Embora ambos sejam opções disponíveis na urna eletrônica, é fundamental compreender suas diferenças, como são contabilizados pela Justiça Eleitoral e, principalmente, seu impacto no resultado das eleições.

O que é voto branco?

O voto branco é uma escolha do eleitor que decide não votar em nenhum dos candidatos disponíveis para um determinado cargo. Essa opção reflete uma postura de neutralidade ou indiferença em relação aos candidatos, indicando que o eleitor não se identifica com nenhuma das opções oferecidas. Nas urnas eletrônicas, o voto branco é registrado quando o eleitor pressiona o botão “Branco” e, em seguida, a tecla “Confirma”.

O que é voto nulo?

Ele ocorre quando o eleitor digita na urna eletrônica um número que não corresponde a nenhum candidato ou partido oficialmente registrado, seja de forma intencional ou acidental. Isso pode acontecer, por exemplo, se o eleitor escolher um número fictício, como “00”, ou errar o número de seu candidato e confirmar sem perceber o erro. O voto nulo também pode ser uma forma de protesto, onde o eleitor demonstra sua insatisfação com todos os candidatos disponíveis.

Como a justiça eleitoral contabiliza votos brancos e nulos?

Uma dúvida recorrente é como a Justiça Eleitoral lida com os votos. Ambos são registrados pela urna eletrônica e constam no relatório final de apuração das eleições. No entanto, nenhum deles é considerado na contagem dos válidos, que são aqueles que realmente influenciam no resultado das eleições.

Isso significa que eles não contribuem para a eleição de candidatos. Em outras palavras, esses votos não são distribuídos entre os candidatos e, portanto, não afetam diretamente a quantidade de votos necessários para que um candidato seja eleito. A eleição se decide com base nos válidos, ou seja, aqueles direcionados a candidatos ou partidos.

Voto branco e bulo: impacto no resultado das eleições

Embora os brancos e nulos não sejam contabilizados na apuração dos válidos, eles podem ter um impacto indireto no resultado das eleições. Isso acontece porque, ao optar por anular ou votar em branco, o eleitor reduz o número total, o que pode alterar a proporção de votos necessários para eleger um candidato.

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Por exemplo, em uma eleição majoritária, onde o vencedor precisa de mais de 50% válidos, mais nulos ou brancos podem diminuir a quantidade absoluta que um candidato precisa obter para vencer.

Mitos e verdades

Muitos mitos cercam esse tema. Um dos mais comuns é a ideia de que, se a maioria dos eleitores anular o voto, a eleição será cancelada e convocada uma nova. Isso não é verdade. No Brasil, a legislação eleitoral determina que a eleição é válida independentemente do número de votos nulos ou brancos, desde que haja quantidade válida suficientes para que um candidato seja eleito.

Outro mito comum é o de que votar em branco favorece o candidato vencedor. Como explicado, votos em branco ou nulo não são contabilizados na apuração, então eles não beneficiam diretamente nenhum candidato.

Quando é interessante votar em branco ou anular?

A escolha entre votar em branco ou anular depende do que o eleitor deseja expressar. O branco pode ser interpretado como uma manifestação de confiança no processo eleitoral, mas de neutralidade em relação aos candidatos. Já o nulo costuma ser visto como um sinal de descontentamento com as opções apresentadas.

No entanto, é importante que os eleitores compreendam que ambos os tipos não influenciam na eleição de candidatos, mas podem impactar a quantidade total para que um candidato seja eleito. Portanto, se a intenção do eleitor é protestar ou manifestar insatisfação, é essencial que ele entenda que essa escolha não muda diretamente o resultado das eleições.

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