Nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a isenção de Imposto de Renda (IR) para os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil é uma questão de justiça social.
De acordo com o presidente da república, o aumento da massa salarial ligada a uma redução no preço dos alimentos serão essenciais para trazer mais ganhos e flexibilidade orçamentária para a população.
O presidente concedeu uma entrevista para as rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, e aproveitou a oportunidade para lembrar que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil foi uma de suas propostas da campanha, muito bem recebida e aprovada por seus eleitores.
“O que nós queremos [com a ampliação da faixa da isenção do IR] é fazer justiça social. Tenho certeza de que o Congresso Nacional aprovará porque todo mundo está preocupado com a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro”, afirmou o presidente durante a entrevista concedida nesta quinta-feira, 6 de fevereiro.
Ministério da Fazenda e Receita Federal estão trabalhando para repassar os rendimentos
Segundo o presidente, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal estão atuando para repassar para as pessoas que possuem rendimentos mensais acima de R$ 50 mil os custos desta medida.
“Estão [Ministério da Fazenda e a Receita Federal] procurando a compensação junto às pessoas que ganham mais, que são as pessoas mais ricas, porque, no Brasil, quando uma empresa distribui dividendo, o cara que recebe bilhões em dividendo não paga imposto de renda. É assim no mundo inteiro. É assim na Suécia, na Alemanha, na Inglaterra e em qualquer país do mundo”, disse o presidente da república.
Lula também falou sobre os preços dos alimentos
Lula também falou sobre a busca para levar alimentos a preços acessíveis para a mesa dos trabalhadores. “Toda vez que a inflação cresce, o [preço do] alimento cresce. E o trabalhador que vive de salário é quem paga o preço”, disse o presidente sobre o assunto.
O presidente Lula afirmou que o aumento do salário mínimo e da massa salarial dos trabalhadores também foram promessas ditas em sua campanha. Para ele, a pauta pode ser melhorada se a redução dos preços dos alimentos vier acompanhada.
“Estamos conversando com os empresários e utilizando a competência da Fazenda e dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário para encontrarmos uma solução visando reduzir esses preços”, disse.
Para o presidente Lula, a alta dos preços dos alimentos está diretamente associada a fatores como o aumento do dólar, mas, além disso, realizou críticas ao Banco Central (BC): “um Banco Central totalmente irresponsável, que deixou uma arapuca que a gente não pôde desmontar de uma hora para outra”.
“O que estamos fazendo é chamar os empresários para conversarem com todo setor e ver o que podemos fazer”, disse
“Eu não posso fazer congelamento nem colocar fiscal em fazendas [para ver se há alimentos guardados]”, presidente afirma que o que o governo tem feito, é convocar os empresários para conversarem, para entender o que é possível fazer “para garantir que a cesta básica do povo brasileiro caiba dentro do orçamento”.
Além disso, pontuou que com a abertura de 303 novos mercados para os produtos brasileiros, será possível produzir mais produtos e com excelente qualidade, o que será determinante para a diminuição dos preços.
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Presidente reafirmou que os índices da inflação estão melhores do que do último governo
“Basta comparar a inflação desses dois anos do meu governo, de 7,6%, com os dois primeiros anos do Bolsonaro, que foi 27,4%”, citou o presidente ao comparar os índices da inflação com os do governo anterior (de Jair Bolsonaro, do PL).