Antes da criação do Pix, em 2019, a porcentagem de dinheiro vivo usada nas compras era de 48%
Somente 22% das compras feitas em estabelecimentos comerciais no Brasil foram pagas em dinheiro vivo no ano de 2023. O levantamento foi feito na 9° edição do relatório global de pagamentos da Worldpay, uma empresa do setor de tecnologia e soluções para pagamentos.
No ano anterior à criação do Pix, em 2019, a porcentagem de uso era mais do que o dobro, 48% . A tendência apontada no relatório é de que haja uma queda ainda maior nos próximos anos. A previsão diz que daqui a 3 anos, em 2027, o número chegue a 12% de uso das cédulas para compras.
Diminuição global do dinheiro vivo
A expectativa é que haja uma diminuição no mundo todo no uso de cédulas no comércio, por conta do crescimento dos meios de pagamentos digitais instantâneos. A utilização de dinheiro caiu 8% no comparativo entre 2022 e 2023, atingindo U$ 6,1 trilhões.
Mesmo com a queda no uso, o dinheiro ainda é a principal forma de pagamento ao comércio em diversos países do 40 que foram analisados pelo estudo, como, por exemplo:
- Argentina
- Colômbia
- Espanha
- Filipinas
- Japão
- Malásia
- México
- Nigéria
- Peru
- Polônia
- Tailândia
- Vietnã
Dentro dessa lista, a tendência é que até 2027 o dinheiro vivo ainda seja a principal forma de pagamento no México, Espanha, Colômbia, Nigéria e Peru. Já países mais ricos, como Noruega e Austrália, o dinheiro em espécie tem circulado cada vez menos nos comércios.
De modo geral, países com um índice inflacionário ou pessoas sem uma conta no banco, os chamados “desbancarizados” tem uma inclinação maior de usar notas de dinheiro.