Microempreendedores Individuais representam 76% dos novos CNPJs criados
O Brasil testemunhou um aumento histórico na abertura de empresas do setor de Serviços em 2023. Os dados, obtidos a partir de informações públicas da Receita Federal, destacam um crescimento no número total de novos Cadastros Nacionais de Pessoa Jurídica (CNPJs), revelando um ganho de 0,4% em relação ao ano anterior.
No total, foram registrados 3.824.210 CNPJs em 2023, com os microempreendedores individuais (MEIs) representando uma parcela significativa desse montante, totalizando 76%, ou seja, 2.898.586 novos registros. Os restantes 24% correspondem a não-MEIs, micros e pequenas empresas, empresas de grande porte, indústrias e agronegócio, totalizando 925.624 novos registros.
Maior volume de empresas abertas na década
O estudo destaca o setor de Serviços como o principal impulsionador desse crescimento, registrando o maior volume de novas empresas dos últimos 10 anos. Em 2023, foram abertos 2.449.664 CNPJs nesse setor, um aumento de 4,3% em relação a 2022. Comparativamente, em 2013, esse número foi de 921.470.
Segundo Eliseu Silveira, advogado empresarial, os estados de Goiás, São Paulo e Santa Catarina se destacaram como os líderes na abertura de novas empresas. Silveira ressalta a importância desse crescimento, especialmente no setor de Serviços, que não apenas impulsiona a economia, mas também contribui significativamente para a geração de empregos.
“O aumento na abertura de empresas, especialmente no setor de Serviços, reflete não apenas um impulso econômico, mas também uma demonstração de resiliência e empreendedorismo em um período desafiador. O cenário sugere um otimismo renovado para o mercado empresarial brasileiro em 2024”, disse.
Principais setores
Os dados revelam que o setor de Serviços representou 64% dos negócios abertos em 2023, seguido pelo setor de comércio, com 28%, e indústria, com 6,4%. Prevê-se que os Serviços continuem desempenhando um papel crucial na economia, com projeções de mercado indicando que o segmento será responsável por 65% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.