Escolher o investimento ideal para você pode garantir uma maior tranquilidade na aposentadoria
Em meio a tantas incertezas sobre o futuro, optar entre a previdência pública e a previdência privada se tornou um dilema na vida dos brasileiros. Afinal, com as reformas políticas que vêm acontecendo no sistema de aposentadoria, é normal se perguntar qual é o melhor caminho.
Diferenças entre a previdência pública e a privada
A principal diferença entre a aposentadoria pública e privada reside na forma de contribuição e no gerenciamento dos recursos. Na opção privada, o investidor aplica seu dinheiro em um fundo específico, que renderá de acordo com os ativos escolhidos. Esse valor acumulado pode ser resgatado integralmente, sujeito à tributação, ou convertido em uma renda mensal.
Já a opção pública funciona através de contribuições obrigatórias ou voluntárias, que não são investidas diretamente em um fundo pessoal. Esses recursos são usados para financiar o sistema atual, e o valor da aposentadoria depende do tempo e do valor de contribuição, sem uma garantia exata de retorno.
Para Victor Oliveira, Sócio e Head de Alocação da Grão Investimentos, a previdência privada tem se tornado cada vez mais uma opção para os trabalhadores, por conta das vantagens financeiras. “A flexibilidade e a possibilidade de gestão própria tornam a previdência privada atraente, permitindo aos investidores planejarem uma aposentadoria que pode superar o teto do INSS”, afirma.
Falta de popularidade
Apesar das vantagens, a aposetadoria privada ainda enfrenta resistência no Brasil. A educação financeira limitada e a existência de produtos de baixa qualidade no mercado contribuem para essa hesitação. Muitos produtos antigos, de instituições tradicionais, apresentam taxas elevadas e rendimentos abaixo do CDI, afastando potenciais investidores.
Oliveira explica que os investimentos feitos em uma previdência privada variam de investidor para investidor, o que reduz os riscos. “O rendimento da previdência privada varia conforme o fundo escolhido. Existem opções desde conservadoras até arrojadas, que atendem a diferentes perfis de risco. Investidores conservadores buscam previsibilidade e estabilidade, enquanto os mais arrojados procuram rentabilidades elevadas em janelas de longo prazo”, pontua. “A diversificação dos investimentos, incluindo ações, fundos imobiliários, renda fixa e ativos internacionais, amplia as possibilidades de rendimento na previdência privada”, complementa.
Expectativa de vida maior
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida média no Brasil é de 75,5 anos. Para os homens, essa expectativa é de 72,0 anos e para as mulheres, de 79,0 anos.
Com o aumento da expectativa de vida, a opção privada torna-se ainda mais relevante. O tempo de investimento é crucial para o sucesso financeiro, permitindo que os juros compostos gerem retornos significativos. Investir por períodos mais longos, como 20 ou 30 anos, pode resultar em uma diferença substancial no patrimônio acumulado.
Além disso, o aumento da longevidade apresenta um desafio para a previdência pública, que enfrenta dificuldades de sustentabilidade devido ao crescente número de aposentados em relação aos contribuintes ativos. “Esse cenário reforça a importância da previdência privada como uma alternativa viável e segura para garantir uma aposentadoria confortável e financeiramente estável”, conclui Victor.