Os juros dos Estados Unidos, a inflação brasileira e o risco fiscal tem impactado diretamente o real, fazendo com que a moeda reaja em queda, enquanto o dólar recebe valorização
O dólar fechou em leve alta nesta terça-feira (11), atingindo a cotação máxima frente ao real em 2024, chegando a R$ 5,361. O que explica essa valorização da moeda norte-americana e a desvalorização do real?
Os juros elevados dos Estados Unidos é um dos principais motivos.
Investidores agora esperam que os juros nos EUA permaneçam altos por mais tempo. Inicialmente, havia a perspectiva de cortes nos juros em 2024, mas a visão predominante é que haverá, no máximo, duas baixas a partir de setembro.
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A política monetária dos EUA atrai recursos para o país, fortalecendo o dólar. Ao mesmo tempo, os investidores transferem recursos do Brasil para os EUA, pressionando a desvalorização do real.
DXY e perspectiva do Fed
O índice DXY, que mede a força do dólar em relação a outras moedas, ilustra o impacto da perspectiva de um Fed mais rígido nos EUA. Ele subiu de cerca de 101,3 pontos no início do ano para 105,42.
Investidores estão apreensivos aguardando o comunicado do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) para obter mais clareza sobre a política monetária dos EUA.
Política fiscal no Brasil tem gerado preocupações
A incerteza fiscal no Brasil contribui para a desvalorização do real. O cenário político e as questões fiscais afetam a confiança dos investidores e atraem menos capital estrangeiro.
Ou seja, a combinação de juros nos EUA, inflação brasileira e risco fiscal tem pressionado o desempenho do real em relação ao dólar. A economia global e as decisões dos bancos centrais continuam a influenciar o câmbio, exigindo cautela dos investidores e análise criteriosa das políticas econômicas.