Fusão entre Azul e Gol deve ser concluída em 2026

Na quinta-feira, 6 de fevereiro, em entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, da EBC, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o processo de fusão da Azul com a Gol deverá ser julgado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apenas no ano de 2026, uma vez que o processo de análise pelo órgão dura cerca de 12 meses. 

Ministro comenta fusão entre Azul e Gol
Azul e gol deverão manter suas marcas mesmo após fusão | Foto: Reprodução/Canva

Azul e Gol anunciaram fusão em janeiro de 2025

Na quarta-feira, 15 de janeiro, o grupo Abra ─ responsável pelo controle das companhias aéreas Gol e Avianca ─, assinou um memorando de entendimento com a Azul. Esse memorando possui como principal objetivo unir ambos negócios no Brasil. 

No comunicado que foi divulgado para os investidores, a Gol informou que esse acordo representa a fase inicial de um processo de negociação que procura “explorar a viabilidade de uma possível transação”.

Ainda no comunicado emitido para o mercado, as empresas informaram que o acordo prevê que as ambas empresas deverão manter suas marcas e seus certificados operacionais, de forma independente.

Ou seja, é importante entender que, mesmo após a fusão, as marcas Gol e Azul continuarão a existir de forma independente, mas as duas empresas aéreas poderão compartilhar suas aeronaves, por exemplo, com uma companhia realizando os voos da outra. 

Dessa forma, será possível aumentar a ligação entre grandes cidades e destinos regionais por meio da malha aérea. Nesse sentido, caso a união se concretize efetivamente, a nova empresa concentrará 60% do mercado aéreo no Brasil.

Em relação ao futuro da companhia, o presidente do conselho será indicado pela Abra, enquanto o diretor-executivo (CEO) será indicado pela Azul. 

“A gente espera que esse processo seja concluído em 12 meses”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos

Na entrevista, o ministro afirmou que “espera que esse processo seja concluído em 12 meses. Esse é o prazo que o Cade tem colocado. As companhias estão no processo de enviar a documentação. Já nos reunimos com os presidentes da Latam, da Azul e da Gol. Possivelmente na próxima semana, devemos ter uma reunião com o diretor presidente do Cade para acompanhar e monitorar”, afirmou.

Além disso, Silvio Costa Filho aproveitou a oportunidade para afirmar, novamente, que o governo não aceitará o aumento dos preços das passagens aéreas, uma vez que a fusão deve reduzir os custos operacionais das companhias aéreas.

“A fusão vai melhorar a governança das companhias, ou seja, ter mais capacidade para comprar mais motores de avião, para poder comprar os insumos que são servidos nas aeronaves, como refrigerante e biscoito. Isso significa um maior volume de compras para comprar mais barato”, afirmou o ministro em entrevista.

Leia também: Eventos climáticos geram R$ 45,9 bi em prejuízos no Brasil

Saiba mais sobre o programa Voa Brasil

O Voa Brasil é o primeiro programa de inclusão social da aviação do Brasil, que possui como objetivo deixar o transporte aéreo mais acessível e democrático. Com ele, os aposentados do INSS podem viajar pelo país com passagens de até R$ 200 o trecho.

O programa de inclusão alcançou o melhor resultado de vendas em janeiro. Entretanto, os dados do governo federal mostraram que só cerca de 1% dos assentos disponíveis para a iniciativa foram efetivamente comercializados.

Dessa forma, o ministro aproveitou a entrevista para falar sobre o programa, afirmando que o governo federal está preparando campanhas de divulgação do Voa Brasil. 

“Eu marquei uma reunião com o nosso ministro Sidônio para ampliar a divulgação do programa porque muitas vezes o aposentado que está no sertão do Nordeste ou no interior do Norte do Brasil não teve acesso ainda a esse programa. Vamos fazer campanhas divulgando esse programa para que brasileiros aposentados possam viajar pelo país”, afirmou.

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