A gestão de Recursos Humanos está passando por transformações significativas em 2025, conforme aponta a pesquisa Tendências e Desafios para Gestão de Desempenho 2024/2025, realizada pela Qulture.Rocks. O estudo, que analisou cerca de 1.200 empresas em 14 países, identificou que treinamento e desenvolvimento (25%) e atração e retenção de talentos (24,4%) estão entre as principais prioridades do RH neste ano.
Com a crescente digitalização do setor e o avanço da Inteligência Artificial (IA), que já é utilizada por 43,6% das empresas entrevistadas, as organizações buscam formas de integrar tecnologia e gestão de pessoas de maneira mais eficiente.
Francisco Homem de Mello, fundador da Qulture.Rocks, destaca que as empresas estão focadas em criar um equilíbrio entre aspectos humanos e avanços tecnológicos, promovendo ambientes mais saudáveis e produtivos.
A retenção de talentos como desafio estratégico
Um dos principais desafios das empresas é reter talentos em um mercado competitivo. A pesquisa aponta que, além da necessidade de oferecer capacitação contínua, é fundamental investir no fortalecimento da cultura organizacional. Para 36,6% das empresas, o alinhamento de valores e práticas é um dos aspectos mais importantes para manter profissionais engajados e satisfeitos.
Além disso, o reconhecimento e a valorização dos colaboradores foram citados por 28,5% das empresas como fator essencial para a retenção de talentos. Esses números demonstram que, para manter bons profissionais, as organizações precisam ir além de salários competitivos e focar no bem-estar dos funcionários.
O papel da Inteligência Artificial na gestão de desempenho
A IA vem se tornando uma aliada estratégica no RH, especialmente na gestão de desempenho. A pesquisa revela que 34,7% das empresas já utilizam plataformas automatizadas para avaliação de desempenho, enquanto 21,9% adotam feedbacks informais.
A Qulture.Rocks foi pioneira no uso de IA generativa para otimizar processos de gestão de pessoas. Segundo Francisco Homem de Mello, a empresa desenvolveu um assistente que auxilia líderes a interpretar melhor as avaliações de desempenho de suas equipes. Esse avanço facilita a tomada de decisões e melhora a experiência dos colaboradores.
Leia também: Redes da Meta facilitam aplicação de golpes financeiros, aponta estudo
Metas e OKRs ainda são desafios
A definição e o acompanhamento de metas também aparecem como um ponto de atenção para as empresas. A pesquisa indicou que 40,3% das organizações realizaram ciclos de metas em 2024, mas muitas ainda enfrentam dificuldades na implementação de Metas e OKRs.
Os principais desafios relatados são a falta de clareza ou treinamento para estruturar OKRs (32,2%), a falta de engajamento dos colaboradores (25,1%) e a dificuldade em desdobrar OKRs em metas individuais e de equipes (24,8%). Esses obstáculos mostram que, apesar dos benefícios, a aplicação de Metas e OKRs ainda precisa ser aprimorada nas organizações.
A importância da saúde mental no ambiente corporativo
A saúde mental tem sido uma preocupação crescente dentro das empresas. Com a intensificação do trabalho remoto e híbrido, muitas organizações têm investido em iniciativas voltadas para o bem-estar emocional dos colaboradores.
O estudo aponta que a atenção à saúde mental está entre os temas mais relevantes do RH para 2025, refletindo a necessidade de criar ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos. Programas de suporte emocional, jornadas de trabalho mais flexíveis e uma gestão mais humanizada são algumas das soluções que têm sido implementadas pelas empresas.
Qual as tendências para o futuro da gestão de pessoas?
O estudo da Qulture.Rocks reforça que as empresas precisam evoluir constantemente para atender às demandas de um mercado dinâmico. A integração entre tecnologia e gestão de pessoas, a preocupação com a saúde mental e o fortalecimento da cultura organizacional são aspectos que devem continuar em alta nos próximos anos.
Com um olhar mais estratégico para a gestão de desempenho, as organizações têm a oportunidade de construir ambientes mais inovadores, engajadores e preparados para o futuro do trabalho.
