Segundo o Banco Central, uma falha no sistema Pix foi causada por um problema técnico no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI)
Após vários relatos de clientes que reclamaram sobre a inoperância em transações feitas via Pix, o Banco Central (BC) confirmou a instabilidade do sistema de pagamento na manhã desta segunda-feira, 14 de outubro.

Segundo a autarquia, uma falha ocorreu por problemas técnicos no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). O BC não detalhou quais foram os problemas que causaram instabilidade.
“Houve problemas técnicos no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) que afetaram o funcionamento do Pix durante a manhã desta segunda-feira (14/10). As equipes do Banco Central atuaram rapidamente, e o problema foi resolvido”, informou o banco.
O que é o SPI?
O Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) é uma tecnologia criada pelo Banco Central do Brasil para viabilizar transferências de dinheiro de forma rápida e eficiente. Ele funciona 24 horas por dia, todos os dias, inclusive em feriados, e permite que as transações ocorram em tempo real, sem a necessidade de compensação bancária, como acontece com TED e DOC.
O SPI visa modernizar o sistema financeiro brasileiro, fornecendo uma infraestrutura que viabiliza pagamentos instantâneos. Ele serve como base para o Pix, método de pagamento amplamente utilizado no Brasil. No SPI, as transferências entre contas de diferentes instituições ocorrem de forma imediata, sem restrições de local.
Esse sistema é benéfico tanto para os consumidores quanto para as empresas. As transferências são gratuitas para pessoas físicas, enquanto as empresas pagam taxas reduzidas, o que torna o SPI uma alternativa acessível. Além disso, o SPI proporciona maior controle financeiro, facilita a gestão do fluxo de caixa e simplifica as operações diárias.
Pix bate registro de transações
O volume diário de transações via Pix atingiu um novo recorde no início de setembro, no quinto dia útil do mês. Segundo o Banco Central, foram registradas 227,4 milhões de transações em um único dia, totalizando R$ 108 bilhões.
O recorde anterior foi registrado em 5 de julho, também no quinto dia útil do mês, quando foram realizadas 224,2 milhões de transações. “Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, destacou o Banco Central em nota.
Pix tem simplificação nas regras
O Banco Central, em conjunto com o Conselho Monetário Nacional (CMN), alterou as regras para simplificar o uso do método de pagamento, incluindo a nova ferramenta Pix Agendado Recorrente, que será lançada em 28 de outubro.
Essa modalidade será semelhante a uma transferência, mas válida para pagamentos entre pessoas físicas, diferentemente do Pix Automático, que só pode ser realizada entre pessoas jurídicas.
Como o sistema foi criado?
O Pix foi criado pelo Banco Central do Brasil para modernizar o sistema de pagamentos no país. Lançado oficialmente em novembro de 2020, ele surgiu para fornecer uma alternativa mais rápida, barata e eficiente às formas tradicionais de transferência, como TED, DOC e boletos.
A ideia por trás do Pix era permitir que pagamentos e transferências ocorressem de forma instantânea, em qualquer dia e local, sem a necessidade de intermediários, como bancos e caixas eletrônicas.
O desenvolvimento tecnológico do Pix envolveu uma ampla consulta ao mercado financeiro e empresas de negócios, além de estudos sobre sistemas semelhantes adotados em outros países. Sua principal inovação é o fato de ser operado 24 horas por dia, sete dias por semana, possibilitando o envio de valores em segundos.
As transferências automáticas rapidamente se popularizaram, tornando-se uma das principais formas de pagamento no Brasil, devido à sua praticidade, segurança e custo zero para pessoas físicas em transações comuns.