A geração Z, formada por jovens nascidos entre 1995 e 2010, cresceu em meio à revolução digital e hoje utiliza a internet para ganhar dinheiro de forma criativa e inovadora. Com habilidades nativas no mundo online e uma visão diferente sobre trabalho, essa geração tem explorado diversas formas de renda digital sem depender dos “meios tradicionais”.
Seja criando conteúdo, vendendo produtos, trabalhando como freelancer ou investindo, os jovens estão aproveitando o potencial ilimitado da internet para construir suas carreiras.
Considerando esses pontos, entenda as principais maneiras como a geração Z tem faturado no ambiente digital:
1. Criação de conteúdo e influência digital
Uma das formas mais populares de ganhar dinheiro online é por meio da criação de conteúdo em plataformas como TikTok, Instagram, YouTube e Twitch. Muitos jovens da geração Z se tornaram influenciadores digitais, construindo audiências fiéis e monetizando seu alcance por meio de publicidade, parcerias com marcas, assinaturas e até doações dos seguidores.
Além dos influenciadores tradicionais, o crescimento de nichos específicos, como lifestyle (estilo de vida), tecnologia, educação financeira e entretenimento, permitiu que pessoas com públicos menores (os chamados microinfluenciadores) também consigam gerar renda relevante.
Conversamos com o Yushuke, artista e criador de conteúdo, que nos contou alguns detalhes de sua carreira. “Sempre vi na internet uma possibilidade de alcançar pessoas nas quais eu me identificava e monetizar, isso começou a ser cada vez mais um objetivo, principalmente quando se tornou mais comum pensar na internet como um meio profissional”, conta.
No auge de seus 24 anos, o criador conta que saiu da Bahia aos 15 anos para morar em São Paulo e vive 100% da internet. “Eu nunca tive a carteira assinada, em um país no qual é cada vez mais comum a informalidade e a falta de infraestrutura para captar jovens com potenciais em diferentes áreas, principalmente virtuais”, explica.
Plataformas como o Kwai e o TikTok criaram programas de monetização que pagam criadores de conteúdo com base no engajamento e no número de visualizações, tornando esse um dos caminhos mais acessíveis para quem quer faturar na internet.
De acordo com Yushuke, através das redes sociais por meio de monetização, publicidade, venda de produtos próprios, fez sua vida. “Acredito que a virada de chave na minha vida foi perceber o grande potencial que as redes nos traz quando mostramos e compartilhamos nosso talento”, finaliza.
2. Comércio eletrônico e dropshipping
O e-commerce é outro setor que tem atraído muitos jovens empreendedores da geração Z. Com plataformas como Shopee, Mercado Livre e Shopify, é possível vender produtos sem precisar de um grande investimento inicial.
O modelo de dropshipping, em que o vendedor não precisa manter estoque e repassa os pedidos diretamente para fornecedores, tem sido uma alternativa popular entre os jovens. Assim, eles conseguem gerenciar lojas virtuais e vender para todo o país (ou até internacionalmente) sem precisar lidar diretamente com a logística.
Além disso, a venda de produtos personalizados por meio de sites como Printify e Printful permite que criadores lancem suas próprias marcas de roupas, acessórios e decoração sem precisar produzir ou estocar mercadorias.
3. Trabalho freelancer e economia gig
Outra tendência forte entre a geração Z é o trabalho como freelancer em diversas áreas, como design gráfico, edição de vídeos, redação, programação e marketing digital. Sites como Fiverr, Upwork, Workana e 99Freelas conectam profissionais a empresas e clientes que precisam de serviços específicos.
Muitos jovens preferem esse modelo de trabalho por oferecer flexibilidade e a possibilidade de ganhar dinheiro de qualquer lugar do mundo. Além disso, o home office tornou o freelancing ainda mais acessível e viável, permitindo que profissionais da geração Z construam carreiras independentes sem precisar seguir as regras tradicionais do mercado de trabalho.
A chamada “economia gig”, baseada em trabalhos temporários e sob demanda, também se tornou popular. Aplicativos como Uber, Rappi e Airbnb possibilitam que jovens gerem renda extra ao oferecer serviços de transporte, entrega ou aluguel de espaços.
4. Investimentos e educação financeira digital
Diferente das gerações anteriores, que muitas vezes só pensavam em investimentos mais tarde na vida, a geração Z tem demonstrado um grande interesse por educação financeira e formas de fazer o dinheiro trabalhar para eles.
Plataformas como Binance, NuInvest e XP Investimentos têm atraído jovens para o mercado financeiro, permitindo investimentos em ações, criptomoedas e fundos de investimento com poucos cliques. O acesso facilitado a aplicativos e conteúdos gratuitos sobre finanças tem feito com que cada vez mais jovens vejam os investimentos como uma forma de construir riqueza a longo prazo.
Além disso, cursos e mentorias sobre investimentos têm sido vendidos por influenciadores do setor, que ensinam desde o básico da Bolsa de Valores até estratégias avançadas de trade e renda passiva.
5. Venda de produtos digitais e cursos online
Outra forma crescente de geração de renda na internet é a venda de produtos digitais, como e-books, cursos online, templates e mentorias. Plataformas como Hotmart, Eduzz e Kiwify permitem que qualquer pessoa crie e venda materiais digitais, lucrando de forma escalável.
Muitos jovens da geração Z utilizam essa estratégia para compartilhar conhecimentos em áreas como marketing, produtividade, desenvolvimento pessoal e tecnologia. Como os produtos digitais não exigem produção física nem envio, essa modalidade se tornou uma das preferidas para quem busca renda passiva.
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Além disso, professores e especialistas têm migrado para o ambiente digital, criando cursos em plataformas como Udemy e Coursera, oferecendo conhecimento acessível e gerando receita sem precisar de aulas presenciais.
O futuro da geração Z na economia digital
A geração Z está revolucionando a maneira de ganhar dinheiro, utilizando a internet para criar novas oportunidades de renda de forma independente. Seja como influenciadores, empreendedores, freelancers ou investidores, esses jovens mostram que não há apenas um caminho tradicional para o sucesso financeiro.
O avanço da tecnologia, a digitalização dos negócios e a busca por mais autonomia profissional indicam que essas tendências continuarão crescendo nos próximos anos. Empresas e marcas que quiserem se conectar a essa nova realidade precisarão entender esse novo perfil de trabalhadores digitais e adaptar suas estratégias para esse público.
A internet deixou de ser apenas um espaço de entretenimento para se tornar um grande campo de oportunidades financeiras – e a geração Z está aproveitando isso como nenhuma outra.
