O G20, formado pelas maiores economias do mundo, realizou sua cúpula mais recente no Rio de Janeiro. O grupo, que promove cooperação econômica global, reúne países e blocos econômicos de grande relevância, como Estados Unidos, China, União Europeia e, mais recentemente, a União Africana.
Embora o G20 represente um importante fórum de debate econômico, sua composição não reflete exatamente o ranking das 20 maiores economias globais. A Argentina, por exemplo, que é membro do grupo, ocupa apenas a 22ª posição no ranking global de Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.
Ranking das maiores economias do mundo em 2023
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os Estados Unidos lideram o ranking econômico global com um PIB de impressionantes US$ 27,36 trilhões em 2023, seguidos pela China, com US$ 17,79 trilhões. Essas duas potências representam as maiores forças econômicas globais, destacando sua influência sobre o comércio e as finanças internacionais.
Na terceira posição, a Alemanha aparece com US$ 4,45 trilhões, sendo a maior economia da Europa. Logo em seguida estão o Japão, com US$ 4,21 trilhões, e a Índia, que vem consolidando sua posição como uma das potências emergentes, com US$ 3,54 trilhões.
O Brasil aparece em 9º lugar no ranking global de 2023, com um PIB de US$ 2,17 trilhões, se destacando como a maior economia da América Latina. Essa posição representa uma recuperação parcial após anos de desafios econômicos, que incluíram a crise de 2015-2016 e os impactos econômicos da pandemia de Covid-19.
Veja o ranking completo das maiores economias do mundo:
Posição | País | PIB em US$ bilhões (2023) |
---|---|---|
1º | Estados Unidos | 27.360 |
2º | China | 17.794 |
3º | Alemanha | 4.456 |
4º | Japão | 4.212 |
5º | Índia | 3.549 |
6º | Reino Unido | 3.340 |
7º | França | 3.030 |
8º | Itália | 2.254 |
9º | Brasil | 2.173 |
10º | Canadá | 2.140 |
Projeção para 2024: Brasil pode cair no ranking
Segundo o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil poderá ser superado pelo Canadá em 2024, caindo para a 10ª posição no ranking global. O PIB brasileiro está estimado em US$ 2,19 trilhões para 2024, mas a desvalorização do real frente ao dólar deve impactar o desempenho econômico.
Essa mudança reflete não apenas flutuações cambiais, mas também os desafios estruturais que o país enfrenta para sustentar um crescimento robusto. Embora o Brasil tenha registrado avanços no controle da inflação e na gestão fiscal, a recuperação econômica ainda é lenta em comparação a outras economias emergentes, como a Índia e a Indonésia, que vêm apresentando crescimento acelerado.
A importância do Brasil no G20 e na economia global
Mesmo com a possível queda no ranking, o Brasil continua sendo um player estratégico dentro do G20. Além de ser a maior economia da América Latina, o país é um importante exportador de commodities, como soja, minério de ferro e carne bovina, cruciais para a cadeia global de suprimentos.
A participação brasileira no G20 permite que o país tenha voz ativa em decisões que afetam o comércio internacional, a sustentabilidade ambiental e as regras financeiras globais. Além disso, eventos como a cúpula do G20 no Rio de Janeiro destacam a relevância diplomática do Brasil no cenário global.
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O que esperar do cenário global em 2024
Além das projeções para o Brasil, a economia global deve continuar enfrentando desafios significativos em 2024, como inflação elevada em várias regiões, tensões geopolíticas e ajustes nas políticas monetárias de grandes economias.
A China, por exemplo, embora mantenha sua posição como a segunda maior economia do mundo, está lidando com desaceleração econômica e questões relacionadas ao setor imobiliário. Já os Estados Unidos enfrentam o desafio de equilibrar crescimento e controle da inflação, enquanto países europeus lidam com os impactos da guerra na Ucrânia.
Resumo e perspectivas
- Brasil no G20: o país segue como um dos membros mais importantes do grupo, apesar de uma possível queda no ranking econômico global.
- Maiores economias: Estados Unidos e China lideram com ampla vantagem.
- Desafios globais: inflação, geopolítica e recuperação pós-pandemia permanecem no radar.
Com projeções de estabilidade, mas sem grandes saltos, o Brasil deve aproveitar sua posição estratégica no G20 para buscar maior cooperação internacional e avanços estruturais que sustentem o crescimento no longo prazo.