Ranking econômico do G20: Brasil pode cair de posição

O G20, formado pelas maiores economias do mundo, realizou sua cúpula mais recente no Rio de Janeiro. O grupo, que promove cooperação econômica global, reúne países e blocos econômicos de grande relevância, como Estados Unidos, China, União Europeia e, mais recentemente, a União Africana.

Embora o G20 represente um importante fórum de debate econômico, sua composição não reflete exatamente o ranking das 20 maiores economias globais. A Argentina, por exemplo, que é membro do grupo, ocupa apenas a 22ª posição no ranking global de Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.

Sessão de abertura do Urban 20, iniciativa do Grupo C40 de Grandes Cidades, Rio de Janeiro-RJ. Presidente Lula e Gabriel Boric, do Chile, estiveram lado a lado | Foto: Reprodução/ Ricardo Stuckert/PR
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A abordagem pragmática e inclusiva do Brasil reforça a relevância do G20 como espaço de diálogo e ação coletiva, mesmo em tempos de incertezas e disputas | Foto: Reprodução/ Ricardo Stuckert/PR

Ranking das maiores economias do mundo em 2023

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os Estados Unidos lideram o ranking econômico global com um PIB de impressionantes US$ 27,36 trilhões em 2023, seguidos pela China, com US$ 17,79 trilhões. Essas duas potências representam as maiores forças econômicas globais, destacando sua influência sobre o comércio e as finanças internacionais.

Na terceira posição, a Alemanha aparece com US$ 4,45 trilhões, sendo a maior economia da Europa. Logo em seguida estão o Japão, com US$ 4,21 trilhões, e a Índia, que vem consolidando sua posição como uma das potências emergentes, com US$ 3,54 trilhões.

O Brasil aparece em 9º lugar no ranking global de 2023, com um PIB de US$ 2,17 trilhões, se destacando como a maior economia da América Latina. Essa posição representa uma recuperação parcial após anos de desafios econômicos, que incluíram a crise de 2015-2016 e os impactos econômicos da pandemia de Covid-19.

Veja o ranking completo das maiores economias do mundo:

PosiçãoPaísPIB em US$ bilhões (2023)
Estados Unidos27.360
China17.794
Alemanha4.456
Japão4.212
Índia3.549
Reino Unido3.340
França3.030
Itália2.254
Brasil2.173
10ºCanadá2.140

Projeção para 2024: Brasil pode cair no ranking

Segundo o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil poderá ser superado pelo Canadá em 2024, caindo para a 10ª posição no ranking global. O PIB brasileiro está estimado em US$ 2,19 trilhões para 2024, mas a desvalorização do real frente ao dólar deve impactar o desempenho econômico.

Essa mudança reflete não apenas flutuações cambiais, mas também os desafios estruturais que o país enfrenta para sustentar um crescimento robusto. Embora o Brasil tenha registrado avanços no controle da inflação e na gestão fiscal, a recuperação econômica ainda é lenta em comparação a outras economias emergentes, como a Índia e a Indonésia, que vêm apresentando crescimento acelerado.

A importância do Brasil no G20 e na economia global

Mesmo com a possível queda no ranking, o Brasil continua sendo um player estratégico dentro do G20. Além de ser a maior economia da América Latina, o país é um importante exportador de commodities, como soja, minério de ferro e carne bovina, cruciais para a cadeia global de suprimentos.

A participação brasileira no G20 permite que o país tenha voz ativa em decisões que afetam o comércio internacional, a sustentabilidade ambiental e as regras financeiras globais. Além disso, eventos como a cúpula do G20 no Rio de Janeiro destacam a relevância diplomática do Brasil no cenário global.

Leia também: Biden no G20: desafios globais e incertezas futuras

O que esperar do cenário global em 2024

Além das projeções para o Brasil, a economia global deve continuar enfrentando desafios significativos em 2024, como inflação elevada em várias regiões, tensões geopolíticas e ajustes nas políticas monetárias de grandes economias.

A China, por exemplo, embora mantenha sua posição como a segunda maior economia do mundo, está lidando com desaceleração econômica e questões relacionadas ao setor imobiliário. Já os Estados Unidos enfrentam o desafio de equilibrar crescimento e controle da inflação, enquanto países europeus lidam com os impactos da guerra na Ucrânia.

Resumo e perspectivas

  • Brasil no G20: o país segue como um dos membros mais importantes do grupo, apesar de uma possível queda no ranking econômico global.
  • Maiores economias: Estados Unidos e China lideram com ampla vantagem.
  • Desafios globais: inflação, geopolítica e recuperação pós-pandemia permanecem no radar.

Com projeções de estabilidade, mas sem grandes saltos, o Brasil deve aproveitar sua posição estratégica no G20 para buscar maior cooperação internacional e avanços estruturais que sustentem o crescimento no longo prazo.

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