Confira a agenda econômica de 11 de setembro

Nesta quarta-feira, 11 de setembro, a agenda econômica traz uma série de indicadores importantes que poderão influenciar mercados globais e a economia brasileira. No Brasil, o foco será a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Enquanto nos Estados Unidos, o destaque fica para a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto, um dos principais termômetros para a inflação do país.

Confira a agenda do Brasil

No cenário doméstico, o dia começa com a divulgação, às 9h, da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) referente a julho, realizada pelo IBGE. O setor de serviços é uma parte crucial da economia brasileira, sendo responsável por cerca de 70% do PIB do país. Após um primeiro semestre marcado por certa volatilidade, a expectativa é que os dados de julho tragam mais clareza sobre a retomada econômica.

O setor de serviços tem se mostrado resiliente, mesmo diante das incertezas econômicas e políticas. Porém, fatores como a inflação e as altas taxas de juros ainda pesam sobre o desempenho. Uma eventual desaceleração no crescimento dos serviços pode sinalizar dificuldades para o crescimento econômico no restante do ano, considerando, especialmente, a persistente pressão inflacionária no Brasil.

Além da PMS, outro indicador relevante para a economia brasileira será divulgado às 10h: o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse indicador reflete o humor do setor industrial em relação ao cenário econômico, levando em conta tanto a percepção sobre o momento atual quanto as expectativas para os próximos meses. O ICEI é considerado um termômetro importante para investimentos e decisões de produção, já que uma queda na confiança pode impactar diretamente o planejamento das indústrias.

Leia também: O que é o PIB? Saiba qual a relação dele com o crescimento econômico do país

Com o cenário global ainda incerto e o Brasil atravessando um momento de ajuste nas políticas monetárias, o ICEI de setembro poderá refletir as preocupações dos empresários com o ambiente de negócios, tanto interno quanto externo. A manutenção de um nível elevado de confiança poderia indicar uma tendência de recuperação para o setor industrial que já foi fortemente afetado pela pandemia e, mais recentemente, pelo impacto das taxas de juros elevadas.

Fluxo cambial e a economia brasileira

Outro dado relevante no Brasil será o fluxo cambial, que será divulgado pelo Banco Central às 14h30. Este indicador semanal acompanha a movimentação de entrada e saída de dólares do país e é um importante balizador do comportamento do câmbio no Brasil. O fluxo cambial reflete as operações de investimentos diretos e financeiros, comércio exterior e outros aspectos que afetam diretamente o valor do real frente ao dólar.

Nos últimos meses, o real tem oscilado em meio a uma combinação de fatores internos e externos, como as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, além das incertezas globais. Uma entrada maior de dólares no país tende a valorizar o real, enquanto uma saída significativa de capital pode levar a uma depreciação da moeda brasileira.

O fluxo cambial também é visto como um termômetro da confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira. Um cenário de maior entrada de recursos pode ser interpretado como um sinal positivo para o ambiente econômico, enquanto a saída de capital pode sugerir preocupações com a instabilidade política ou econômica no país.

Agenda econômica dos Estados Unidos terá foco na inflação

Internacionalmente, o principal evento do dia será a divulgação do CPI de agosto nos Estados Unidos, às 9h30. O CPI é um dos principais indicadores de inflação e desempenha um papel crucial na definição da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. A inflação tem sido uma preocupação central para a economia norte-americana nos últimos meses, com o Fed adotando uma política de aumento de juros para tentar conter os preços.

Os dados de inflação de agosto serão observados de perto pelos investidores, economistas e formuladores de políticas, pois poderão dar pistas sobre os próximos passos do Fed em relação às taxas de juros.

Uma inflação acima do esperado pode levar o banco central a continuar com sua postura agressiva, mantendo ou até aumentando as taxas de juros para controlar os preços. Por outro lado, uma inflação mais controlada poderia abrir espaço para uma abordagem mais cautelosa, com a possibilidade de uma desaceleração nos aumentos das taxas.

A economia dos Estados Unidos é um dos principais motores do crescimento global. Mudanças em sua política monetária têm impactos que reverberam em mercados financeiros e nas economias ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Por isso, os dados de inflação dos EUA são aguardados com atenção por analistas de mercado, uma vez que qualquer surpresa pode gerar volatilidade nos mercados financeiros globais.

Confira abaixo a agenda do México

Outro dado relevante na agenda econômica de 11 de setembro será a produção industrial do México, referente ao mês de julho, divulgada às 9h. O México é um importante parceiro comercial do Brasil e dos Estados Unidos. O desempenho de sua indústria pode afetar tanto as relações comerciais quanto os fluxos de investimento entre os países.

A produção industrial mexicana, assim como em muitas outras economias, tem enfrentado desafios diante da recuperação econômica global desigual e das interrupções nas cadeias de suprimentos. No entanto, uma recuperação robusta do setor industrial no México pode sinalizar um aumento na demanda por produtos e serviços brasileiros, além de contribuir para o fortalecimento das cadeias de suprimento regionais.

Expectativas para os mercados de acordo com as agendas

Com indicadores importantes nas agendas, a quarta-feira promete ser um dia movimentado para os mercados financeiros. Os dados de inflação dos EUA terão um impacto direto sobre as expectativas para as taxas de juros globais. No Brasil, o desempenho do setor de serviços e a confiança do empresariado industrial serão monitorados de perto para avaliar o ritmo de recuperação da economia.

O comportamento do fluxo cambial também será um fator relevante, já que a moeda brasileira continua a oscilar em meio às incertezas globais e aos desafios internos. O acompanhamento das divulgações realizadas pelas agendas será fundamental para entender o cenário econômico nos próximos meses, assim como as possíveis implicações para investimentos e decisões de política econômica no Brasil.

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