Concluída nesta terça-feira (19) no Rio de Janeiro, a Cúpula do G20, que reuniu líderes das 20 maiores economias do mundo, demandou R$ 140,4 milhões do governo federal. Deste total, R$ 77,6 milhões já foram pagos, conforme dados do Ministério do Planejamento. Inicialmente, a dotação para a presidência do evento era de R$ 220,1 milhões, mas foi ajustada para R$ 178,1 milhões, resultando no valor empenhado de R$ 140,4 milhões.
O Ministério das Relações Exteriores foi o maior beneficiário, com R$ 49,3 milhões empenhados e R$ 21,7 milhões efetivamente pagos, representando 28% do total desembolsado. Outros ministérios, como o da Fazenda e o das Comunicações, tiveram reservas de R$ 21,9 milhões e R$ 6,8 milhões, com pagamentos de R$ 18 milhões e R$ 6,5 milhões, respectivamente. No entanto, pastas como a Previdência Social e os Direitos Humanos e Cidadania, apesar de terem recursos empenhados, ainda não registraram pagamentos.
O evento incluiu encontros em 15 cidades brasileiras e movimentou a economia local, especialmente no Rio de Janeiro. A cidade estima impacto econômico de R$ 595,3 milhões, considerando despesas operacionais, serviços diversos e a reforma do Museu de Arte Moderna, que recebeu investimentos de R$ 32 milhões.
Durante o evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o esforço do Brasil na liderança do G20:
“Trabalhamos com afinco, mesmo cientes de que apenas arranhamos a superfície dos profundos desafios que o mundo enfrenta.”
Além das reuniões e movimentação econômica, o encontro firmou uma aliança global contra a fome e a pobreza, com a adesão de mais de 80 nações. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou um aporte de US$ 25 bilhões (R$ 146 bilhões) para iniciativas relacionadas ao tema, uma das prioridades discutidas na cúpula.
Veja os valores reservados e pagos em cada uma das pastas:
Ministério das Relações Exteriores: R$ 49.3 milhões (empenhado) / R$ 21,7 milhões (pago)
Ministério da Fazenda: R$ 21,9 milhões (empenhado) / R$ 18 milhões (pago)
Ministério das Comunicações: R$ 6,8 milhões (empenhado) / R$ 6,5 milhões (pago)
Ministério da Cultura: R$ 7 milhões (empenhado) / R$ 5.8 milhões (pago)
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 5,3 milhões (empenhado) / R$ 5,3 milhões (pago)
Ministério da Educação: R$ 6,8 milhões (empenhado) / R$ 3,8 milhões (pago)
Ministério do Turismo: R$ 3,6 milhões (empenhado) / R$ 3,6 milhões (pago)
Ministério da Saúde: R$ 7 milhões (empenhado) / R$ 3,6 milhões (pago)
Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 3,8 milhões (empenhado) / R$ 2,7 milhões (pago)
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 3,9 milhões (empenhado) / 1,3 milhão (pago)
Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima: R$ 4,2 milhões (empenhado) / R$ 1.2 milhão (pago)
Ministério da Igualdade Racial: R$ 919.593 (empenhado) / R$ 919.593 (pago)
Ministério do Trabalho e Emprego: R$ 5,4 milhões (empenhado) / R$ 584.430 (pago)
Ministério da Agricultura e Pecuária: R$ 4,5 milhões (empenhado) / R$ 553.529 (pago)
Ministério da Pesca e Aquicultura: R$ 500.827 (empenhado) / R$ 499.475 (pago)
Ministério das Mulheres: R$ 5,8 milhões / R$ 477.124 (pago)
Ministério de Minas e Energia: 472.040 (empenhado) / R$ 472.040 (pago)
Controladoria-Geral da União: R$ 2,3 milhões (empenhado) / R$ 319.557 (pago)
Presidência da República: R$ 245.283 (empenhado) / R$ 96.874 (pago)
Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: R$ 555.000 (empenhado) / R$ 80.500 (pago)
Ministério da Previdência Social 91.000 (empenhado) / R$ 0 (pago)
Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania: R$ 62 mil (empenhado) / R$ 0 (pago)
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