Itaú confirma demissão de CMO por uso de cartão corporativo

O Itaú Unibanco anunciou a demissão de Eduardo Tracanella, diretor de marketing (CMO) da instituição, na última terça-feira (3). O motivo do desligamento foi o mau uso do cartão corporativo, conforme comunicado oficial divulgado pelo banco.

Apesar do ocorrido, a nota do Itaú ressalta que não houve prejuízo material à empresa e agradece os anos de dedicação do ex-diretor. “O banco agradece sua dedicação ao longo de tantos anos e sua contribuição na construção de uma das marcas mais admiradas do país”, declarou a instituição.

A repercussão do caso

Eduardo Tracanella, que atuou no Itaú por mais de 15 anos e foi responsável por campanhas publicitárias marcantes, usou suas redes sociais para se despedir do cargo. Na postagem, ele não mencionou o motivo de sua saída, mas falou em “um novo capítulo” e destacou a importância de se dedicar à família neste momento.

“É o momento de encerrar meu longo e ininterrupto ciclo, desejar muita sorte aos que ficam, arrumar as malas e me preparar para o próximo capítulo”, afirmou.

O ex-diretor também expressou gratidão pela trajetória na instituição e mencionou o desejo de “descansar e recuperar o fôlego” antes de se lançar em novos projetos.

O impacto na imagem corporativa

Casos de mau uso de benefícios corporativos, como cartões de crédito, chamam atenção não apenas por envolver altos executivos, mas também pelo impacto que podem ter na imagem da empresa. No caso do Itaú, a resposta foi imediata e objetiva, com uma comunicação clara sobre os motivos do desligamento, reforçando seu compromisso com a ética e a transparência.

De acordo com especialistas em gestão de crises, agir rapidamente e esclarecer situações desse tipo é fundamental para minimizar danos à reputação da marca. O Itaú, uma das maiores instituições financeiras do Brasil, adotou uma postura direta e profissional, o que ajuda a preservar sua credibilidade perante clientes, investidores e o mercado.

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A trajetória de Eduardo Tracanella

Eduardo Tracanella foi diretor de marketing do Itaú durante seis anos | Foto: Reprodução/ Roberto Filho / Brazil News
Eduardo Tracanella foi diretor de marketing do Itaú durante seis anos | Foto: Reprodução/ Roberto Filho / Brazil News

Eduardo Tracanella teve uma carreira consolidada no Itaú, onde liderou diversas campanhas publicitárias que se tornaram referência no setor bancário. Sua gestão contribuiu para posicionar o banco como uma das marcas mais lembradas no Brasil.

Entre os projetos mais notáveis de Tracanella estão campanhas que integraram tecnologia e emoção, alinhadas ao slogan “Feito para você”. Além disso, o executivo foi um dos responsáveis por iniciativas que reforçaram a presença digital do Itaú, como o apoio à mobilidade urbana por meio do patrocínio ao uso de bicicletas compartilhadas.

Apesar da saída em circunstâncias adversas, sua contribuição ao longo dos anos é amplamente reconhecida no mercado publicitário e financeiro.

O que acontece agora?

A demissão de um executivo de alto escalão levanta questões sobre a transição de lideranças e os ajustes internos necessários. No caso do Itaú, o banco ainda não anunciou um substituto para a posição de CMO.

Enquanto isso, Tracanella planeja focar na família e “descansar” antes de traçar novos caminhos profissionais. Seu futuro no mercado publicitário ou em outras áreas de atuação ainda é incerto, mas sua experiência e trajetória sugerem que ele permanecerá como uma figura relevante no setor.

Reflexões sobre ética corporativa

O caso reacende o debate sobre a importância da ética no ambiente corporativo, especialmente em posições de liderança. O mau uso de recursos da empresa, como o cartão corporativo, pode comprometer a confiança interna e externa, independentemente do impacto financeiro direto.

Por outro lado, a resposta do Itaú reforça a necessidade de manter padrões éticos elevados e demonstrar que práticas inadequadas, mesmo entre altos executivos, não serão toleradas.

A demissão de Eduardo Tracanella marca o encerramento de uma longa trajetória no Itaú e destaca a relevância de princípios éticos no ambiente corporativo. Para o banco, o episódio foi tratado com clareza e rapidez, minimizando possíveis impactos à sua imagem.

Já para o ex-diretor, o momento representa uma pausa e uma oportunidade de recomeço, com a promessa de novos projetos no futuro. A situação também serve como um lembrete para o mercado corporativo: a transparência e a responsabilidade devem estar no centro das decisões em todos os níveis hierárquicos.

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