Conheça as melhores agências para trabalhar em 2025, segundo o GPTW

O Great Place to Work (GPTW), instituto especializado na certificação de ambientes de trabalho, divulgou o ranking das melhores agências de publicidade para trabalhar em 2025.

Em sua 12ª edição, o estudo revelou não apenas as empresas que se destacam pela cultura organizacional, mas também tendências preocupantes, como a queda da presença feminina na liderança e o aumento das demissões voluntárias.

O ranking das melhores agências para trabalhar em 2025 revela um cenário dinâmico, onde a qualidade de vida e a flexibilidade são fatores determinantes para a satisfação dos colaboradores | Foto: Reprodução/Canva
O ranking das melhores agências para trabalhar em 2025 revela um cenário dinâmico, onde a qualidade de vida e a flexibilidade são fatores determinantes para a satisfação dos colaboradores | Foto: Reprodução/Canva

Como funciona a seleção das agências?

Para participar do ranking, as agências precisam atender a alguns critérios, como ter pelo menos 30 funcionários e um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) registrado no setor. A avaliação ocorre em duas etapas.

Primeiro, a empresa precisa atingir uma nota mínima de 70% no Trust Index, indicador que mede a confiança dos funcionários na organização. Em seguida, são analisadas as práticas da empresa conforme os pilares do GPTW. A pontuação final define as melhores classificações.

Nesta edição, 71 agências participaram, um crescimento em relação à edição anterior, que contou com 62 inscritas. Destas, 20 foram reconhecidas como as melhores, divididas entre pequeno porte (até 99 colaboradores) e médio porte (de 100 a 999 colaboradores).

As melhores agências para trabalhar em 2025

No ranking das médias agências, a i-Cherry conquistou o primeiro lugar, seguida por Soma e Minu. A i-Cherry passou recentemente por uma mudança organizacional, sendo incorporada ao WPP Media Services, estrutura de soluções de mídia do grupo WPP no Brasil.

Entre as pequenas agências, a OTZ Ads Marketing Digital ficou na liderança, com a LD Comunicação Digital em segundo e a Álamo em terceiro lugar.

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Perfil das melhores empresas

As empresas premiadas têm, em média, 18 anos de existência e contam com um quadro de colaboradores jovem: 46% dos funcionários têm entre 26 e 34 anos, enquanto 25% são menores de 25 anos. Apenas 2% dos colaboradores possuem 55 anos ou mais.

Quanto ao tempo de permanência, seis em cada dez profissionais estão há menos de dois anos na empresa. A taxa de retenção para aqueles com dois a cinco anos caiu para menos de 30%, indicando um aumento no turnover.

Mulheres na liderança: queda preocupante

Embora as mulheres representem 54% dos funcionários nas agências listadas, sua presença na alta liderança caiu de 45% para 34% em comparação com o ano anterior. O percentual de mulheres em cargos de CEO também caiu drasticamente, de 20% para apenas 5%.

Essa queda sugere desafios estruturais para a ascensão feminina no setor, exigindo um olhar mais atento das empresas para garantir maior equidade nos cargos de liderança.

Aumento no turnover e principais motivos de permanência

O levantamento revelou um crescimento na taxa de turnover voluntário, que subiu de 11% para 19%. As admissões caíram de 40% para 32%, enquanto as demissões aumentaram de 8% para 15%.

Quando questionados sobre os motivos que os fazem permanecer em uma agência, os funcionários destacaram:

  • Oportunidade de desenvolvimento (38%)
  • Qualidade de vida (37%)
  • Alinhamento de valores (13%)

Esses dados reforçam a importância de um ambiente que incentive o crescimento profissional e ofereça um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Flexibilidade e bem-estar em alta

O estudo também destacou a relação entre feedbacks e satisfação no trabalho. Sete em cada dez funcionários das melhores agências receberam pelo menos três feedbacks ao longo do ano, contribuindo para um maior índice de confiança nas empresas.

Quanto ao modelo de trabalho, a flexibilidade segue sendo um diferencial:

  • 80% das agências adotam o modelo híbrido.
  • A prática do home office subiu de 90% para 95%.
  • 75% das agências apresentam um modelo flexível.
  • 90% oferecem práticas de saúde mental e bem-estar.

Em contrapartida, o mercado publicitário em geral tem seguido uma tendência contrária, adotando modelos mais rígidos. No ano passado, um levantamento feito com 24 grandes agências apontou que 10 delas aumentaram a exigência de trabalho presencial.

O ranking das melhores agências para trabalhar em 2025 revela um cenário dinâmico, onde a qualidade de vida e a flexibilidade são fatores determinantes para a satisfação dos colaboradores.

No entanto, desafios como a queda da presença feminina na liderança e o aumento do turnover mostram que ainda há espaço para melhorias.

Para as empresas, a lição é clara: um bom ambiente de trabalho passa por inclusão, desenvolvimento e bem-estar dos funcionários.

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